Estudo revela que 61% das metas do Plano Nacional de Educação não foram cumpridas. Novo PNE no Congresso propõe responsabilização e revisão de objetivos não alcançados.
Um estudo da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados revelou que sessenta e um por cento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que expira em dezembro de dois mil e vinte e três, não foram cumpridas. A pesquisa analisou quarenta e dois dos cinquenta e seis indicadores que possibilitam a avaliação da execução do plano. O PNE serve como um guia para a próxima década da educação no Brasil, estabelecendo diretrizes e metas para os gestores educacionais.
Entre as metas não alcançadas, destacam-se a taxa de conclusão da educação básica, as matrículas em creches para crianças de até três anos, a taxa de alfabetização de pessoas com mais de quinze anos e os índices do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para o nível médio. O indicador referente ao "gasto público em educação pública em proporção ao PIB" ficou estagnado, com um percentual de apenas cinco vírgula dez por cento, muito abaixo da meta de sete por cento até dois mil e dezenove e dez por cento até dois mil e vinte e quatro.
Além disso, três metas permaneceram inalteradas: matrículas para atendimento educacional especializado de alunos de quatro a dezessete anos, a frequência ou conclusão do ensino fundamental por alunos de seis a quatorze anos e a porcentagem de educandos alfabetizados no segundo ano do ensino básico, com foco em língua portuguesa. Esses dados indicam um retrocesso significativo na educação brasileira.
O novo Plano Nacional de Educação começou a ser discutido no Congresso Nacional na semana passada. O presidente da comissão mista, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a instalação do grupo que analisará o texto, presidido por Tabata Amaral (PSB-SP) e com relatoria de Moses Rodrigues (União-CE). Um dos principais focos do novo PNE será a responsabilização pelo não cumprimento das metas e a revisão das diretrizes que não foram alcançadas nos últimos dez anos.
Parlamentares de diferentes partidos, como Adriana Ventura (Novo-SP), Tabata Amaral (PSB-SP), Pedro Uczai (PT-SC) e Rafael Brito (MDB-AL), defendem que um PNE sem mecanismos de responsabilização perderia eficácia. As propostas em análise incluem a apresentação de relatórios anuais pelos gestores e possíveis penalidades, como multas e cortes no repasse de verbas.
Em meio a essa discussão, a valorização da carreira de professores e a ampliação do acesso a creches são consideradas metas inegociáveis. A sociedade civil pode desempenhar um papel fundamental na promoção de iniciativas que visem melhorar a educação, apoiando projetos que busquem transformar essa realidade e garantir um futuro melhor para as próximas gerações.
Censo Escolar 2024 mostra leve aumento nas matrículas do ensino médio, mas educação técnica permanece crítica, com apenas 13% de alunos nessa modalidade. O Brasil ainda não cumpriu metas do PNE.
Novacap expande Caic Juscelino Kubitschek, aumentando capacidade para 420 alunos. A obra, iniciada em fevereiro, já está na fase de alvenaria e custará R$ 1,4 milhão. A ampliação, que inclui 12 novas salas, visa fortalecer a educação integral no Núcleo Bandeirante.
O governo de Pernambuco disponibilizou 6.715 vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional para estudantes da rede pública, com inscrições até 30 de novembro. O programa Trilhatec, em parceria com Senac e Senai, visa preparar jovens para o mercado de trabalho em diversas áreas.
A Microsoft e a Nova Escola lançaram o curso gratuito "Professores do Futuro", que capacitará dez mil educadores no uso ético da Inteligência Artificial na educação, impactando sessenta mil alunos. O curso inclui dez planos de aula alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e recursos da Microsoft, promovendo a integração da IA no ensino fundamental.
Jonathan Haidt, autor de "A Geração Ansiosa", alerta que a tecnologia prejudica a aprendizagem infantil e defende a proibição de redes sociais para menores de 16 anos, propondo mais investimentos em playgrounds.
O prazo para inscrições do curso "Jornalismo do Futuro — O GLOBO 100 Anos" encerra neste sábado, com mais de mil candidatos disputando 20 vagas em formação gratuita. O curso, que começa em 25 de agosto, visa moldar novos jornalistas para os desafios contemporâneos da comunicação.