Ministério da Saúde do Brasil promoveu vacinação no 21º Acampamento Terra Livre, destacando a saúde indígena e os direitos dos povos originários, com apoio da OPAS e OMS.

O Ministério da Saúde do Brasil realizou um ato de vacinação no dia nove de abril de dois mil e vinte e cinco, durante a plenária de saúde indígena do 21º Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília. O evento contou com a presença de Cristian Morales, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, além do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e de diversas lideranças indígenas.
O ATL, promovido anualmente pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), visa garantir os direitos constitucionais dos povos originários. A edição deste ano ocorre entre os dias sete e onze de abril na capital federal. Durante a cerimônia, o ministro Padilha aplicou vacinas em líderes indígenas, incluindo Joenia Wapichana, presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), e Célia Xakriabá, deputada federal.
Em seu discurso, Padilha destacou a parceria histórica entre o Ministério da Saúde e a OPAS, mencionando a criação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, estabelecido pela Lei Arouca em mil novecentos e noventa e nove. Ele enfatizou a importância do mês de abril como o Mês da Vacinação dos Povos Indígenas no Brasil, alinhando-se à Semana de Vacinação nas Américas e à Semana Mundial de Vacinação, que ocorrerá de vinte e seis de abril a três de maio.
Com o tema “Sua decisão faz a diferença”, a campanha deste ano reforça a imunização como uma medida segura e eficaz para proteger a saúde individual e coletiva, contribuindo para a preservação dos povos originários. Cristian Morales ressaltou a importância do evento, afirmando que a saúde indígena e os direitos dos povos originários são fundamentais.
A ação de vacinação durante o Acampamento Terra Livre simboliza um compromisso com a saúde e os direitos dos povos indígenas no Brasil. Morales destacou que o acesso à saúde e às vacinas é um direito de todas as populações, independentemente de sua origem. O evento reforça a necessidade de ações contínuas para garantir a saúde e o bem-estar das comunidades indígenas.
Iniciativas como essa devem ser apoiadas pela sociedade civil, pois a união em torno da saúde indígena pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas. O fortalecimento de projetos que visem à saúde e ao bem-estar dos povos originários é essencial para garantir seus direitos e promover a equidade no acesso a serviços de saúde.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou um investimento de R$ 440 milhões para ampliar serviços especializados no SUS em dez estados e no DF, com foco na redução de filas e melhoria no atendimento. O Rio de Janeiro receberá R$ 200 milhões, priorizando ginecologia, ortopedia e oftalmologia.

Pesquisadores da UERJ descobriram que o canabigerol (CBG), um composto não psicoativo da Cannabis sativa, apresenta efeitos analgésicos promissores em modelos animais, sem afetar a locomoção. O estudo revela seu potencial no tratamento da dor crônica, destacando a importância de pesquisas adicionais em humanos.

A patente dos medicamentos Ozempic e Wegovy, usados para diabetes tipo 2 e obesidade, deve expirar em 2026, permitindo sua inclusão no SUS. A Novo Nordisk anunciou redução de até 20% nos preços, surpreendendo especialistas.

Cerca de 39 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço são registrados anualmente no Brasil, com 80% diagnosticados em estágios avançados, comprometendo a cura. O cirurgião Rodrigo Nascimento Pinheiro enfatiza a prevenção, incluindo a vacinação contra o HPV, e alerta para a confusão de sintomas que atrasa o diagnóstico.

A Anvisa aprovou o Kisunla (donanemabe), primeiro medicamento específico para Alzheimer, mas seu alto custo e limitações de uso geram preocupações. O Kisunla, desenvolvido pela Eli Lilly, é o primeiro fármaco direcionado ao Alzheimer, prometendo benefícios em estágios iniciais da doença. Apesar do entusiasmo entre especialistas, o medicamento apresenta limitações, como eficácia reduzida em quadros moderados e graves, além de potenciais efeitos adversos. A necessidade de exames caros para triagem e o custo elevado do tratamento, que chega a quase 32 mil dólares anuais nos Estados Unidos, levantam questões sobre a acessibilidade no Brasil. A experiência com a memantina, aprovada em 2011, sugere que a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser demorada. Especialistas ressaltam a importância do diagnóstico precoce e da prevenção, destacando que até sessenta por cento dos casos de demência podem ser evitados.

O Ministério da Saúde solicitará a inclusão da vacina contra chikungunya no SUS. Após aprovação da Anvisa, o imunizante do Instituto Butantan e Valneva visa combater a doença, que já causou 68,1 mil casos no Brasil desde 2014. A vacina, de dose única e indicada para adultos em risco, pode ser incorporada ao Programa Nacional de Imunizações.