O Ministério do Meio Ambiente criticou o Projeto de Lei 2.159/2021, que altera o licenciamento ambiental, alegando riscos à segurança ambiental e violação de direitos constitucionais. A proposta, que tramita há mais de 20 anos, pode desburocratizar processos, mas ambientalistas alertam para possíveis danos a comunidades tradicionais e à gestão socioambiental.
O Ministério do Meio Ambiente divulgou uma nota nesta quarta-feira, 21, condenando o Projeto de Lei 2.159/2021, que propõe novas regras para o licenciamento ambiental no Brasil. Segundo a pasta, o projeto representa riscos à segurança ambiental e viola princípios constitucionais. O Senado Federal está votando a proposta, que tramita no Congresso há mais de 20 anos e, se aprovada, ainda precisará retornar à Câmara dos Deputados.
A proposta dispensa o licenciamento para algumas entidades e empreendimentos, o que, segundo ambientalistas, pode trazer riscos para comunidades tradicionais. O ministério, liderado por Marina Silva, destacou que o texto viola o princípio da proibição do retrocesso ambiental, consolidado na jurisprudência brasileira, que impede o enfraquecimento de direitos já conquistados.
Além disso, o ministério argumenta que a proposta contraria decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que consideraram inconstitucional a Licença por Adesão e Compromisso (LAC) para atividades de médio impacto ambiental. Defensores do projeto afirmam que as novas regras visam desburocratizar o processo de obtenção de licenças, mas o ministério alerta que isso pode levar a uma desarticulação entre União, Estados e Municípios no licenciamento ambiental.
O projeto também é criticado por sua omissão em relação à crise climática, não mencionando a questão em seu conteúdo. O ministério enfatiza que a proposta pode resultar em altos índices de judicialização, tornando o processo de licenciamento mais moroso e oneroso para a sociedade e para o Estado. É essencial que o Poder Legislativo encontre um equilíbrio entre a celeridade desejada pelos setores produtivos e a proteção ambiental.
Entre os principais retrocessos do PL está a aplicação da LAC, que permite que empreendimentos de médio porte utilizem esse mecanismo sem a exigência de estudos prévios de impacto. Isso pode aumentar o risco de danos ambientais, especialmente em regiões sensíveis. Além disso, a proposta fragiliza o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) e o papel do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), permitindo que empreendimentos em unidades de conservação sejam licenciados sem a manifestação prévia do órgão competente.
O PL também exclui áreas de influência indireta dos estudos de impacto ambiental, comprometendo a análise de impactos cumulativos. A proposta admite que empreendedores questionem condicionantes ambientais, o que pode gerar insegurança jurídica. Atividades agropecuárias podem ser dispensadas de licenciamento, o que pode legitimar danos significativos sem análise técnica. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que garantam a proteção ambiental e os direitos das comunidades afetadas.
Ibama inaugura base de combate a incêndios florestais na Terra Indígena Las Casas, no Pará, operada por brigadistas indígenas, promovendo a gestão ambiental e o diálogo intercultural. A estrutura é um avanço na proteção da Amazônia.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou uma lei que proíbe testes em animais para produtos de higiene e cosméticos, destacando a proteção dos direitos dos animais. A norma, que altera legislações anteriores, estabelece um prazo de dois anos para a implementação de métodos alternativos e permite a comercialização de produtos já existentes.
Niterói se destaca no Brasil ao alcançar a terceira posição em saneamento básico, com 100% de cobertura de água e 95,6% de esgoto tratado, após investimentos de R$ 197 milhões. O prefeito Rodrigo Neves celebra o resultado como fruto de planejamento e parcerias.
A Operação Mata Viva do Ibama embargou mais de 1.600 hectares da Mata Atlântica no Rio Grande do Norte, resultando em R$ 2 milhões em multas por atividades ilegais. Apenas 2,5% da cobertura original do bioma permanece.
Um homem foi flagrado soltando uma rede de pesca de uma baleia-franca-austral em Palhoça, gerando polêmica. O Ibama investiga a ação, afirmando que intervenções devem ser feitas por órgãos competentes.
Moradores do edifício Três Américas, em São Paulo, lutam contra a derrubada de uma Ficus elastica de quase 70 anos, cuja autorização já venceu. A mobilização levou à suspensão da remoção, com o Ministério Público prometendo uma análise técnica antes de qualquer decisão final. A árvore, considerada patrimônio ambiental, gera polêmica entre os condôminos, divididos entre os que desejam mantê-la e os que defendem sua remoção por riscos à segurança.