Mobilizações em São Paulo e outros estados exigem veto total do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PL do Licenciamento Ambiental, criticado por riscos ecológicos e insegurança jurídica. A ministra Marina Silva ressalta a necessidade de alternativas ao projeto.

Uma mobilização em São Paulo deu início a protestos em diversos estados contra o Projeto de Lei (PL) do Licenciamento Ambiental, que foi aprovado pelo Congresso em julho. O projeto, que altera o modelo atual de licenciamento, enfrenta críticas de ambientalistas, cientistas e parte do setor empresarial, que alertam sobre riscos ecológicos e aumento da judicialização. A proposta é apoiada por entidades ligadas à infraestrutura e ao agronegócio, que defendem a redução da burocracia.
Durante a mobilização em São Paulo, foram realizadas projeções com mensagens como "Veta tudo, Lula" na fachada de um prédio na região central. A ação, chamada "Noite de luzes contra o PL da Devastação", contou com a participação de ativistas e da sociedade civil, promovendo intervenções em locais movimentados como bares e shows. O evento foi organizado pela Coordenação de Estados de Movimentos Ambientalistas do Brasil e a Frente SP Contra o PL da Devastação.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu um trabalho detalhado para preservar as bases do licenciamento ambiental. Ela destacou que não basta vetar o projeto, mas que é necessário apresentar alternativas que possam substituir o que está sendo proposto. A análise do texto aprovado está sendo realizada pelos ministérios da Casa Civil, do Meio Ambiente e de Relações Institucionais.
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e outras entidades, como o Observatório do Clima e o Greenpeace, manifestaram oposição ao PL, considerando-o um retrocesso ambiental. A SBPC afirmou que o projeto ignora a emergência climática e favorece interesses particulares, colocando em risco o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, garantido pela Constituição Federal de mil novecentos e oitenta e oito.
Os defensores do projeto argumentam que o licenciamento ambiental atual é excessivamente burocrático e moroso, o que gera insegurança jurídica. O movimento Convergência Brasil, que reúne entidades do setor de energia, é um dos principais apoiadores da proposta, defendendo que as mudanças permitirão uma atualização responsável do sistema, promovendo celeridade nos projetos no país.
Neste contexto, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção ambiental e a promoção de alternativas sustentáveis. Mobilizações e campanhas podem ajudar a garantir que os direitos ambientais sejam respeitados e que o futuro do país seja pautado pela responsabilidade ecológica.

São Paulo lançará em agosto um projeto piloto que oferece créditos no Bilhete Único para ciclistas, com inscrições até 30 de junho, visando avaliar incentivos financeiros na mobilidade urbana. A iniciativa, apoiada por instituições como a USP e a FGV, busca entender o impacto de recompensas financeiras no uso de bicicletas, promovendo a redução do transporte motorizado. O experimento, que durará três meses, requer que os voluntários sejam maiores de idade, moradores da cidade e possuam uma bicicleta.

Nesta sexta-feira (17/7), Brasília registrou a menor temperatura do ano, 10,1°C, com risco elevado de incêndios florestais e choque térmico devido à baixa umidade do ar, que pode afetar a saúde da população.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vetou 63 dispositivos do projeto que flexibiliza o licenciamento ambiental, preservando normas de proteção. O governo enviou novas propostas ao Congresso, incluindo a manutenção do Licenciamento Ambiental Especial em três fases.

A empresa Ouro Verde, após o colapso de seu lixão em junho, foi multada em R$ 37,5 milhões e enfrenta a necessidade de 4 mil viagens para limpar a contaminação que alcançou o Rio Maranhão. A Justiça Federal ordenou o fechamento do local, que operava em área de preservação, apesar da oposição do Ministério Público. Cidades como Teresina, Goiânia e Manaus estão sob risco semelhante e devem adotar aterros sanitários conforme a Lei de Resíduos do Solo.

O Brasil se prepara para sediar a COP30 em novembro de 2023, enfrentando desafios nas negociações climáticas e buscando consenso no Brics sobre metas e financiamento. O presidente Lula destaca a urgência de ações concretas.

Uma pesquisa da Nexus revela que 81% dos brasileiros evitam desperdício e 75% separam materiais para reciclagem, mas a falta de coleta seletiva é um obstáculo significativo. O estudo, realizado em parceria com o Sindicato da Indústria de Material Plástico de São Paulo, destaca a conscientização sobre o impacto do plástico e a necessidade de informações para promover a reciclagem.