Moradores da Vila da Barca, em Belém, protestam contra a construção de uma estação elevatória de esgoto que beneficiará áreas nobres, sem consulta prévia à comunidade. O governo garante que não há riscos sanitários.

Moradores da Vila da Barca, uma das maiores comunidades de palafitas da América Latina, em Belém, estão preocupados com a construção de uma estação elevatória de esgoto destinada a atender áreas nobres da capital. A Vila, que nunca teve um sistema de saneamento completo em seus mais de cem anos de existência, enfrenta sérios problemas de infraestrutura. A educadora e líder comunitária Suane Barreirinhas expressou a insatisfação da comunidade, afirmando: "A gente pediu para ser várias coisas, mas não queríamos receber lama e muito menos esgoto".
A nova estação elevatória é parte de um projeto maior para despoluir canais da cidade, com um custo estimado em R$ 25 milhões. O esgoto da Avenida Visconde de Souza Franco, que conecta bairros centrais, será direcionado para a estação de tratamento do Una (ETE-Una), passando pela Vila da Barca. Os moradores temem que a obra traga mau cheiro e vazamentos, além de não terem sido consultados sobre o projeto. Em resposta, o governo do Pará assegura que a obra não representa riscos sanitários ou ambientais.
As condições de saneamento na Vila da Barca são precárias, com lixo acumulado e falta de infraestrutura básica. O cronograma para a implantação do sistema de esgoto da sub-bacia do Una começou em agosto de 2024, e um novo projeto de R$ 7 milhões foi assinado em julho de 2025 para melhorar o abastecimento de água e implantar coleta de esgoto na comunidade. No entanto, a construção de uma estação elevatória específica para a Vila ainda não começou.
A Vila da Barca, localizada no bairro Telégrafo, é um exemplo de gentrificação na Amazônia, onde o crescimento urbano afeta diretamente a população mais pobre. Suane Barreirinhas destaca que a obra da estação elevatória não beneficiará a comunidade, que já enfrenta desafios significativos. A falta de consulta prévia e a ausência de estudos de impacto ambiental levantam preocupações sobre a segurança dos moradores.
O Ministério Público Federal (MPF) está acompanhando as obras e analisando a documentação apresentada pelo governo. A Secretaria de Obras Públicas do Pará afirma que reuniões foram realizadas com os moradores para esclarecer o projeto. Contudo, a comunidade continua sem respostas sobre os impactos diretos da obra e a necessidade de medidas de mitigação.
Enquanto as promessas de melhorias em saneamento básico começam a se concretizar, a comunidade da Vila da Barca busca apoio para projetos que vão além da infraestrutura, como creches e escolas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para transformar a realidade local, promovendo iniciativas que atendam às necessidades da população e garantam um futuro mais digno para todos.

O Ministério Público Federal (MPF) moveu ação para anular contrato de R$ 1 bilhão do governo do Pará com a coalizão Leaf, alegando falta de consulta às comunidades tradicionais e venda antecipada de créditos de carbono.

A delegação brasileira se reuniu com a Secretária-Geral Adjunta da ONU para discutir a liderança do Brasil na COP-30 e políticas de redução de riscos de desastres. O encontro destacou a importância de ações conjuntas em água e adaptação climática.

Artistas e ambientalistas promovem a valorização da natureza como colaboradora na música, com iniciativas como Future Sound of Nature e Sounds Right, que destinam parte dos lucros para conservação.

O MIDR destina R$ 60 milhões ao PDRSX para promover inclusão e sustentabilidade no Xingu. O investimento visa fortalecer comunidades indígenas e desenvolver projetos de ordenamento territorial e inclusão social.
A Câmara dos Deputados aprovou a "Lei do Mar", que estabelece diretrizes para a exploração sustentável dos oceanos e conservação dos ecossistemas marinhos, agora aguardando análise do Senado. Municípios costeiros terão quatro anos para adaptar seus planos diretores, incorporando práticas de turismo sustentável e conservação. O projeto, que tramita desde 2013, enfrenta resistência do partido Novo, que critica a ampliação da intervenção estatal. A nova política inclui o conceito de "poluidor-pagador" e incentivos para "protetores-recebedores".

O governo federal iniciou uma operação de 90 dias para erradicar o garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no Pará, com destruição de acampamentos e apreensões de materiais. A ação, determinada pelo STF, visa proteger o território do povo Mebêngôkre, que enfrenta devastação ambiental.