A COP30 se aproxima, mas apenas 25 países apresentaram planos climáticos, representando 20% das emissões globais. O aquecimento já atinge 1,36°C, e a janela para limitar a 1,5°C está se fechando.
As mudanças climáticas têm gerado consequências severas, especialmente na África, onde eventos climáticos extremos afetam a vida e os meios de subsistência. O aquecimento global, que já alcançou 1,36°C em 2024, exige ações imediatas dos governos. A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) se aproxima, e todos os 197 países membros da ONU deveriam ter apresentado seus planos climáticos até fevereiro deste ano, mas apenas 25 países, que representam cerca de 20% das emissões globais, cumpriram essa obrigação.
Entre os países que apresentaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas estão a Somália, a Zâmbia e o Zimbábue. Isso deixa 172 países sem planos, o que é preocupante, pois essas contribuições são fundamentais para estabelecer compromissos de curto e médio prazo em relação às emissões de gases de efeito estufa. A falta de ação pode resultar em impactos ainda mais severos, especialmente para as nações que já enfrentam crises climáticas.
O relatório anual Indicadores de Mudança Climática Global, liderado por Piers Forster, revela que o aquecimento global já elevou as temperaturas médias globais para 1,52°C. Isso indica que o mundo já está em uma situação crítica, onde os impactos das mudanças climáticas são inevitáveis. A janela para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C está se fechando rapidamente, e a atual trajetória de emissões sugere que a cota de carbono restante será esgotada em menos de três anos.
Os dados mostram que os níveis de emissões de gases de efeito estufa continuam a quebrar recordes, resultando em concentrações atmosféricas alarmantes de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. A intensificação dos extremos climáticos traz riscos e custos a longo prazo, não apenas para a economia global, mas, mais importante, para as pessoas que dependem de um clima estável para suas vidas e sustento.
À medida que mais países desenvolvem seus planos climáticos, é essencial que os líderes globais reconheçam a urgência da situação. Os governos devem ter acesso a dados climáticos confiáveis para formular planos eficazes. Além disso, é crucial que os países desenvolvidos liderem os esforços de mitigação e financiem a transição para economias de baixo carbono, especialmente em nações em desenvolvimento que enfrentam os maiores desafios.
Com a COP30 se aproximando, a necessidade de ação é mais urgente do que nunca. A união da sociedade civil pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que visam ajudar aqueles que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas. Projetos que buscam promover a justiça climática e a adaptação às novas realidades podem ser fundamentais para garantir um futuro mais sustentável e equitativo.
Em 2024, o Rio de Janeiro recebeu 82,6% da renda do petróleo, enquanto apenas 0,5% foi destinado a questões ambientais. A regulamentação do Fundo Social é urgente para combater desigualdades e mudanças climáticas.
A Geomit, joint venture da Mitsui Gás e Energia do Brasil e da Geo biogas & carbon, firmou um memorando com a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool para construir uma planta de biogás em Uberaba (MG). O projeto utilizará resíduos da cana-de-açúcar, como vinhaça e bagaço, para produzir biometano, contribuindo para a sustentabilidade e o escoamento do gás renovável na região.
A Iguá retirou 300 toneladas de lixo e mais de 100 pneus do Complexo Lagunar de Jacarepaguá e realiza dragagem na Lagoa da Tijuca para restaurar ecossistemas locais e melhorar a qualidade da água.
Humberto Campana dá continuidade ao sonho do Parque Campana, um espaço de arte e ecologia em Brotas, promovendo educação ambiental e regeneração da natureza após a morte de seu irmão Fernando.
Francis Kere, arquiteto de Burkina Fasso, projetou a Escola Primária Gando com técnicas de resfriamento passivo, ganhando o Prêmio Pritzker em 2022. Sua abordagem sustentável inspira mudanças sociais e educacionais.
O BNDES destina R$ 1 bilhão para a Atlas Renewable Energy construir 11 usinas solares em Minas Gerais, gerando 2.100 empregos e iniciando operações em 2026. O projeto reforça a agenda verde do banco.