Uma pesquisa na Andaluzia constatou que 90% das 269 espécies de plantas analisadas estão florescendo, em média, 18 dias mais cedo devido às mudanças climáticas, impactando polinização e agricultura.
Uma pesquisa realizada na Andaluzia, sul da Espanha, revelou que 90% das 269 espécies de plantas analisadas estão florescendo, em média, 18 dias mais cedo do que em 1985. O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Sevilha e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), comparou dados de floração coletados na década de 1980 com dados recentes, evidenciando o impacto das mudanças climáticas na fenologia das plantas.
Os pesquisadores observaram que, além da antecipação na floração, 66,4% das espécies apresentaram períodos de floração mais longos. A temperatura média na Andaluzia aumentou de 15,9 ºC em 1985 para 18,3 ºC em 2022, enquanto a precipitação anual caiu de 580 mm para apenas 205 mm. Essas alterações climáticas têm consequências diretas para a polinização e a produção agrícola.
A bióloga Patrícia Morellato, da Unesp, destacou que a descompassagem entre o período de floração das plantas e a presença de polinizadores pode prejudicar a polinização e, consequentemente, a produção de frutos. Esse problema é agravado pela fragmentação do habitat, que força insetos e pássaros a percorrerem maiores distâncias em busca de néctar, afetando a agricultura em regiões como o Centro-Oeste brasileiro.
O estudo também revelou que a primeira data de floração das plantas analisadas passou de 17 de abril para 30 de março, com a primeira floração intensa ocorrendo agora em 13 de março, uma antecipação significativa. Os pesquisadores identificaram características que tornam algumas plantas mais propensas a florescer mais cedo, como altura baixa e folhas largas. Essas informações podem ajudar a entender como diferentes espécies reagem às mudanças climáticas.
As respostas fenológicas das plantas na região mediterrânea são semelhantes às observadas em vegetações tropicais, como a Caatinga brasileira. No entanto, a falta de dados históricos sobre a flora brasileira limita comparações diretas. A pesquisa espanhola, publicada na revista Function Ecology, destaca a importância de estudos que conectam dados antigos e novos para entender os efeitos das mudanças climáticas.
As descobertas sobre a antecipação da floração das plantas ressaltam a necessidade de ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a preservação da biodiversidade e a agricultura sustentável, garantindo um futuro mais equilibrado para o meio ambiente e a produção de alimentos.
Em 2024, o Brasil enfrentou um aumento alarmante nas queimadas, com a Amazônia queimando 15,6 milhões de hectares, um recorde histórico. O Cerrado e a Amazônia juntos representam 86% das áreas afetadas.
Caçadores criticam a gestão do controle do javali pelo Ibama, pedindo descentralização e mais transparência, enquanto o órgão admite falhas nos dados e busca reestruturar o monitoramento da espécie invasora.
O Brasil se destaca como um polo de investimento em soluções baseadas na natureza, com projetos avaliados em US$ 12 bilhões, segundo Tony Lent, cofundador da Capital for Climate. Atraindo interesse global, o país apresenta oportunidades lucrativas em reflorestamento e recuperação de pastagens degradadas, essenciais para mitigar emissões de carbono e preservar a biodiversidade.
Durante a palestra no Rio Innovation Week, Nathalie Kelley criticou a influência de corporações nas conferências climáticas, destacando que a COP30 em Belém deve abordar a globalização como causa das mudanças climáticas.
Estudo da Esalq-USP revela actinobactérias da Amazônia com potencial para bioinsumos e compostos bioativos inéditos, promovendo crescimento de plantas e controle de doenças agrícolas. A pesquisa, liderada por Naydja Moralles Maimone, destaca a importância do microbioma amazônico para a agricultura sustentável.
Ibama intensifica combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, destruindo estruturas clandestinas e registrando 1.814 detecções de atividades nocivas ao meio ambiente e à cultura Nambikwara.