Negociadores da COP30 criticam a falta de acomodações adequadas em Belém, sugerindo que o evento seja transferido se os preços abusivos não forem resolvidos. A legitimidade da conferência está em risco.

Um grupo de 25 negociadores da Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá de 6 a 21 de novembro em Belém, enviou uma carta sugerindo que o evento seja transferido para outro local caso os problemas de hospedagem não sejam resolvidos. As queixas sobre os altos preços e a falta de acomodações adequadas têm gerado preocupações sobre a legitimidade da conferência, que é considerada crucial para o debate sobre mudanças climáticas.
Os países signatários da carta, incluindo nações africanas e desenvolvidas como Áustria e Suécia, expressaram insatisfação com as condições de hospedagem. Os preços exorbitantes, que chegam a R$ 6 mil por diária, têm dificultado a participação de delegações, especialmente de países em desenvolvimento. A situação foi amplamente divulgada, gerando críticas à organização do evento e à capacidade de Belém de receber uma conferência dessa magnitude.
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, reconheceu que os preços abusivos dos hotéis podem comprometer a presença de todos os países, o que é essencial para a legitimidade das decisões a serem tomadas. Ele destacou que a situação em Belém é inédita, com acomodações custando até 50 vezes mais do que o normal, o que gera revolta entre os negociadores.
As autoridades de Belém afirmam que a cidade possui mais de 53 mil leitos disponíveis, suficientes para atender a demanda esperada de cerca de 50 mil pessoas. No entanto, a realidade dos preços e a qualidade das acomodações ainda são motivo de preocupação. O governo local está buscando alternativas, como a mobilização de navios de cruzeiro e a utilização de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida para acomodar os participantes.
Além disso, a COP30 ocorre em um contexto de crise climática global, com o ano de 2024 sendo o mais quente já registrado. A conferência é vista como uma oportunidade para o Brasil restaurar a confiança nas negociações climáticas, especialmente após a COP29, que resultou em um acordo insatisfatório. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou a importância de transformar a COP30 na "COP da implementação", focando em ações concretas.
Com a crescente pressão para resolver os problemas de hospedagem, a sociedade civil e os cidadãos têm um papel fundamental a desempenhar. A união em torno de iniciativas que busquem soluções para garantir a participação de todos pode fazer a diferença, promovendo um ambiente mais inclusivo e representativo na COP30.

Frente fria traz temperaturas mínimas de até 4,2ºC no Sul do Brasil, com geadas e riscos à saúde. Enquanto isso, Norte e Nordeste continuam quentes, com chuvas intensas previstas.

Desmatamento de 5.000 hectares na mata atlântica em Santa Catarina gera disputa judicial entre o Ibama e a Klabin, que obteve liminar suspendendo embargos e multas enquanto novas áreas desmatadas foram identificadas.

Estudo da UFRJ aponta que praias da Zona Sul do Rio, como Copacabana e Ipanema, podem perder até 100 metros de faixa de areia até 2100 devido à elevação do nível do mar e inundações permanentes.

Desmatamento na Amazônia Legal aumentou 4% entre agosto de 2024 e julho de 2025, enquanto Cerrado e Pantanal apresentam recuperação significativa. Políticas ambientais e queimadas extremas são fatores críticos.

Em 2025, o Ártico registrou o menor pico de gelo marinho em 47 anos, com 14,33 milhões de km², refletindo os impactos das mudanças climáticas. A Antártida também teve a segunda menor cobertura de gelo, evidenciando a crise ambiental.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Governo do Amapá iniciaram a desobstrução do Canal do Gurijuba, com investimento de R$ 9 milhões, para restaurar a navegabilidade e apoiar comunidades isoladas pela estiagem. A ação, que abrange 11 quilômetros do canal, visa melhorar o acesso e as atividades essenciais, como pesca e transporte, nas comunidades afetadas. A operação deve durar cerca de quatro meses e será realizada pela Secretaria de Estado de Transportes (Setrap).