Pesquisadores da Weill Cornell Medicine descobriram uma combinação de medicamentos que inibe o crescimento de células cancerígenas no câncer de ovário, mostrando-se promissora em testes pré-clínicos. Essa nova abordagem pode oferecer uma alternativa mais eficaz aos tratamentos convencionais, especialmente para casos recorrentes ou resistentes à quimioterapia.
Uma nova abordagem na medicina de precisão apresenta resultados promissores no combate ao câncer de ovário, uma das formas mais agressivas de tumor entre mulheres. Pesquisadores da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, publicaram um estudo na revista Cell Reports Medicine, onde identificaram uma combinação de medicamentos que inibe o crescimento de células cancerígenas e pode ser mais eficaz do que os tratamentos convencionais. Os testes, realizados em laboratório e em modelos animais, ainda precisam ser confirmados em humanos.
O câncer de ovário é responsável por cerca de sete mil e trezentos novos casos anuais no Brasil, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A taxa de sobrevida após cinco anos é de apenas cinquenta por cento, em grande parte devido à dificuldade de detecção precoce, já que os sintomas costumam ser inespecíficos e surgem em estágios avançados da doença. A nova pesquisa traz esperança ao abrir novas perspectivas para o tratamento.
O tratamento padrão para o câncer de ovário envolve cirurgia para remoção dos ovários e quimioterapia à base de platina. No entanto, muitos casos apresentam recidiva do tumor de forma mais agressiva, limitando as opções terapêuticas. A nova estratégia foca nas vias de sinalização celular, em vez de apenas nas mutações genéticas, permitindo uma abordagem mais abrangente para o tratamento.
Os pesquisadores descobriram que a via MAPK, relacionada ao crescimento celular descontrolado, estava hiperativa nos tumores ovarianos. Para combatê-la, utilizaram o medicamento rigosertibe, que reduziu significativamente o avanço dos tumores. Contudo, o bloqueio dessa via ativou uma segunda rota, a PI3K/mTOR, como mecanismo compensatório. A combinação do rigosertibe com inibidores da PI3K/mTOR mostrou-se mais eficaz, bloqueando ambas as rotas e superando, em alguns casos, a quimioterapia tradicional.
Embora a pesquisa ainda esteja em estágio pré-clínico, ela pode ser aplicada a outros tipos de tumores que não apresentam mutações genéticas comuns, mas compartilham mecanismos de crescimento celular semelhantes. A equipe de pesquisadores planeja novos estudos para identificar outras vulnerabilidades do câncer de ovário e desenvolver terapias alternativas que possam ser utilizadas quando os tratamentos iniciais falharem.
A relevância dessa descoberta é inegável, considerando que o câncer de ovário é silencioso e altamente letal. A exploração do funcionamento interno das células tumorais, além da genética, representa um novo horizonte na oncologia de precisão. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem o desenvolvimento de novas terapias, beneficiando milhares de mulheres ao redor do mundo.
Neste sábado (10), a Bahia realiza o Dia D de vacinação contra a gripe, com mais de 85% dos municípios participando. A meta é vacinar 3,6 milhões de pessoas, incluindo grupos prioritários.
Pesquisadores da USP descobriram nove microRNAs desregulados que ligam diabetes tipo 2 ao câncer de mama, abrindo novas possibilidades para terapias e biomarcadores em pacientes diabéticos. Essa conexão revela a importância dos microRNAs na regulação de processos biológicos e no prognóstico do câncer, destacando a necessidade de mais estudos para entender suas interações.
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