Pesquisadores da USP publicaram artigo na Nature Medicine criticando a nova resolução do CFM que restringe tratamentos para jovens trans, alertando sobre riscos à saúde mental e direitos humanos.

Pesquisadores do Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual da Universidade de São Paulo (USP) publicaram um artigo na revista Nature Medicine criticando as restrições ao acesso a tratamentos para crianças e adolescentes trans, especialmente no Brasil. Os autores, Igor Longobardi, Bruna Caruso Mazzolani, Hamilton Roschel, Bruno Gualano e Alexandre Saadeh, afirmam que o cuidado à população trans está “sob ataque” globalmente, com políticas que ignoram evidências científicas e éticas.
Em abril, o Conselho Federal de Medicina (CFM) revisou os critérios para atendimento a pessoas trans, alterando a idade mínima para hormonioterapia de dezesseis para dezoito anos. Além disso, a nova norma proíbe o bloqueio puberal, uma estratégia reversível que impede o desenvolvimento de características físicas do sexo de nascimento. A resolução anterior permitia essa prática em caráter experimental, mas a nova regra a proíbe até mesmo em estudos.
Grupos de defesa dos direitos trans já protocolaram uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a nova resolução. O Ministério Público Federal (MPF) também solicitou à Justiça a suspensão da norma, argumentando que ela contraria recomendações internacionais de proteção aos direitos humanos. Os pesquisadores da USP criticam essas restrições, afirmando que elas prejudicam o cuidado individualizado e criam um ambiente de medo entre profissionais de saúde.
O artigo destaca que o cuidado afirmativo de gênero é respaldado por evidências crescentes. Estudos longitudinais demonstram que o uso de bloqueadores de puberdade e hormônios reduz sintomas de depressão e ideação suicida entre adolescentes trans. Pesquisas na Holanda e nos Estados Unidos mostram que jovens em tratamento hormonal apresentam significativamente menos chances de desenvolver pensamentos suicidas.
O CFM justifica suas restrições com base em um suposto aumento de arrependimento pós-transição, embora reconheça a falta de dados sobre o contexto brasileiro. Especialistas contestam essa afirmação, citando estudos que indicam taxas de arrependimento inferiores a um por cento. Um estudo abrangente na Holanda acompanhou setecentos e vinte indivíduos em tratamento e constatou que noventa e oito por cento continuaram a transição após duas décadas.
Os pesquisadores da USP expressam preocupação com a proibição de pesquisas sobre bloqueadores, o que dificulta a geração de dados necessários para fundamentar políticas de saúde. Eles alertam que a falta de acesso ao cuidado de afirmação de gênero pode aumentar os riscos de depressão e suicídio entre jovens trans, especialmente em um sistema de saúde já desigual. A união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que garantam direitos e cuidados adequados a essa população vulnerável.

No dia 30, será inaugurado o Museu de Vassouras, com a presença do ministro Luís Roberto Barroso, destacando a história do Ciclo do Café e a figura de Marianna Crioula, líder de uma revolta pela liberdade.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Waldez Góes lançaram o Defesa Civil Alerta, que começará a operar no Nordeste em 18 de junho, enviando alertas gratuitos para 36 municípios. O sistema, testado anteriormente no Sul e Sudeste, promete melhorar a comunicação em situações de emergência, utilizando a rede de telefonia celular para alertas sonoros e mensagens de texto, mesmo em modo silencioso.