Estudo da Universidade de Cambridge revela que poluentes como PM2,5 e NO2 aumentam o risco de demência, especialmente a vascular, exigindo ações em saúde e políticas urbanas.

A exposição prolongada à poluição do ar está diretamente ligada ao aumento do risco de demência, conforme um estudo abrangente da Universidade de Cambridge, publicado na revista The Lancet Planetary Health. A pesquisa analisou dados de mais de 29 milhões de participantes e identificou uma associação significativa entre três poluentes atmosféricos — material particulado com diâmetro de 2,5 mícrons ou menos (PM2,5), dióxido de nitrogênio (NO2) e fuligem — e o desenvolvimento de demência, especialmente a vascular.
Os pesquisadores descobriram que, para cada aumento de dez microgramas por metro cúbico (μg/m³) de PM2,5, o risco relativo de demência aumentava em 17%. O NO2 e a fuligem também mostraram associações preocupantes, com aumentos de 3% e 13%, respectivamente, para cada dez μg/m³ e um μg/m³. Esses poluentes são provenientes de diversas fontes, incluindo emissões de veículos e processos industriais, e podem permanecer no ar por longos períodos, afetando a saúde pública.
O médico Christiaan Bredell, primeiro autor do estudo, enfatizou a importância de uma abordagem interdisciplinar para a prevenção da demência. Ele destacou que o planejamento urbano e as políticas de transporte devem ser considerados na luta contra a poluição do ar. A pesquisa também revelou que a maioria dos participantes era de países de alta renda, levantando questões sobre a desigualdade na exposição à poluição, que afeta desproporcionalmente grupos marginalizados.
A autora sênior, Haneen Khreis, ressaltou que as evidências epidemiológicas são cruciais para entender a relação entre poluição do ar e demência. Ela afirmou que combater a poluição pode trazer benefícios significativos para a saúde e aliviar a pressão sobre os sistemas de saúde. Os mecanismos propostos para essa relação incluem inflamação cerebral e estresse oxidativo, que são fatores conhecidos no desenvolvimento da demência.
Os pesquisadores alertam que a necessidade de intervenções políticas é urgente. Clare Rogowski, coautora do estudo, afirmou que limites mais rigorosos para poluentes são essenciais, especialmente nos setores de transporte e indústria. A pesquisa indica que, embora a poluição do ar aumente o risco de Alzheimer, o impacto é mais forte na demência vascular, que resulta da redução do fluxo sanguíneo para o cérebro.
Com a crescente evidência sobre os efeitos da poluição do ar na saúde cerebral, é fundamental que a sociedade se mobilize para apoiar iniciativas que visem reduzir a exposição a esses poluentes. Projetos que busquem melhorar a qualidade do ar e proteger a saúde da população merecem atenção e apoio, pois podem fazer a diferença na vida de muitos.

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