Um ano após a enchente que afetou 160 mil pessoas em Porto Alegre, as obras de reconstrução dos diques estão paralisadas por questões judiciais sobre a remoção de famílias, sem soluções definitivas à vista.

Um ano após a enchente que afetou 160 mil pessoas em Porto Alegre, a cidade ainda enfrenta desafios relacionados a vulnerabilidades climáticas. As obras de reconstrução do sistema de proteção contra cheias estão em andamento, mas a situação permanece crítica. O sistema, que inclui 68 quilômetros de diques, 2,6 quilômetros de muros e 14 comportas, falhou em maio de 2024, quando o nível do lago Guaíba atingiu 5,35 metros, evidenciando a necessidade urgente de melhorias.
As obras nos diques do Sarandi e da Fiergs são consideradas prioritárias, pois tiveram pontos de rompimento que aceleraram a inundação do bairro Sarandi, afetando mais de 26 mil moradores. Iniciadas em agosto de 2024, as obras visam reforçar e elevar a altura dos diques para 5,8 metros. Enquanto a reforma do dique da Fiergs está na fase final, a do Sarandi está paralisada devido a questões judiciais relacionadas à remoção de 57 famílias que residem nas proximidades.
A Justiça suspendeu a demolição das casas, alegando que o plano de remoção não assegura condições dignas de moradia. A Procuradoria-Geral do Município tenta reverter a decisão, afirmando que foram oferecidos novos imóveis e um auxílio de R$ 1 mil para as famílias afetadas. A prefeitura já iniciou a remoção das famílias que aceitaram o acordo, enquanto discute a situação das demais.
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informou que já investiu mais de R$ 240 milhões em ações de reconstrução e na isenção de tarifas de água e esgoto para os moradores afetados. Além das obras de recomposição, um estudo está em andamento para elevar os diques a uma cota de sete metros, conforme o projeto original da década de 60. Um novo sistema de proteção está sendo planejado pela Rhama Analysis, com conclusão prevista para 2026.
Recentemente, a prefeitura anunciou um investimento de R$ 11 milhões em novas intervenções no sistema de comportas, que falharam em bloquear a água do lago Guaíba. O fechamento definitivo de sete passagens visa reduzir a possibilidade de infiltrações em futuras cheias. A reforma do Muro da Mauá, que separa o Centro Histórico de Porto Alegre do lago, também está em andamento, com base em um relatório preliminar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Nesta situação, a união da sociedade civil pode fazer a diferença para ajudar aqueles que ainda enfrentam as consequências das enchentes. Projetos que visem apoiar as famílias afetadas e promover melhorias na infraestrutura são essenciais para garantir um futuro mais seguro e resiliente para Porto Alegre.

A população afrodescendente foi reconhecida pela primeira vez em documentos da convenção do clima da ONU, destacando suas vulnerabilidades nas negociações sobre transição justa. O Brasil e outros países da América Latina pressionaram por essa inclusão, que representa um avanço significativo nas discussões sobre justiça social e direitos humanos.

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) critica projeto de lei que flexibiliza licenciamento ambiental, considerando-o um retrocesso e ameaça aos direitos constitucionais dos brasileiros. O texto fragiliza a proteção dos biomas e compromete os compromissos do Brasil no Acordo de Paris, alertam especialistas.

A nova lei do licenciamento ambiental no Brasil gera polêmica, mas a ministra Marina Silva defende que os vetos de Lula garantem a voz dos indígenas na exploração mineral. A COP30 é vista como uma oportunidade para avanços na transição energética.

Em julho de 2025, o Brasil registrou a menor área queimada em sete anos, com 748 mil hectares, destacando o Cerrado como o mais afetado. A redução de 40% em relação a 2024 é um sinal positivo, mas a prevenção deve ser intensificada.
Em 2023, o Dia da Sobrecarga da Terra foi antecipado para 24 de julho, evidenciando o consumo excessivo de recursos naturais e a desigualdade entre o Norte e o Sul Global. Países ricos consomem à custa do futuro.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê chuvas acima da média em julho de 2025 em partes do Nordeste e Sul, enquanto outras regiões enfrentarão temperaturas elevadas, impactando a agricultura. A previsão sugere riscos para culturas em áreas com baixa umidade e benefícios para safras em regiões com chuvas intensas.