Educação

Pressão do vestibular gera ansiedade em estudantes e destaca a importância do apoio emocional familiar e escolar

Estudantes enfrentam intensa pressão durante o vestibular, como Gabrielle Salis e Gabriel Jie Bang, que destacam a importância do equilíbrio entre estudos e saúde mental, além do apoio familiar.

Atualizado em
May 27, 2025
Clock Icon
3
min
Gabrielle Salis, 24, que está no oitavo período de medicina na UFRJ (Universidade Federal do Rio do Janeiro) - Paula Giolito/Folhapress

O ensino médio é um período repleto de decisões cruciais, onde os estudantes enfrentam a pressão de vestibulares e a ansiedade que isso provoca. Gabrielle Salis, que começou a prestar vestibular em 2017, relata que a pressão dos exames transformou sua experiência, levando-a a abrir mão de redes sociais e a negligenciar sua saúde mental. Após 44 tentativas, ela finalmente conquistou uma vaga no curso de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Gabrielle destaca que, mesmo acertando 80% das questões, a aprovação ainda parecia distante. A pressão para ser aprovada gerou um estado de ansiedade que afetou seu desempenho. Especialistas apontam que a ansiedade é comum entre os estudantes, mas pode se tornar um problema sério quando prejudica o bem-estar e a performance acadêmica.

O papel das famílias e das escolas é fundamental nesse contexto. Manoela Ziebell, orientadora profissional, enfatiza a importância de uma comunicação clara e do apoio emocional. Os pais devem se envolver de maneira cuidadosa, evitando aumentar a pressão sobre os filhos. A compreensão de que a escolha do curso não define toda a vida profissional pode aliviar a carga emocional que os estudantes enfrentam.

Gabriel Jie Bang, que também passou por dificuldades, aprendeu a respeitar seus limites e a buscar um equilíbrio entre estudo, trabalho e lazer. Após oito anos de tentativas, ele conquistou o primeiro lugar no vestibular da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). Sua experiência mostra que a comparação com outros candidatos pode intensificar a ansiedade, especialmente em um ambiente tão competitivo.

A psicóloga Luciana Szymanski ressalta que o impacto emocional do vestibular varia conforme o contexto de cada estudante. Aqueles com melhores condições de apoio ainda enfrentam desafios, enquanto os que não têm essa estrutura lidam com uma carga ainda mais pesada. A crítica ao modelo atual do vestibular sugere que a colaboração e o estudo em grupo podem ser alternativas eficazes para reduzir a pressão individual.

Neste cenário, é essencial que a sociedade se una para apoiar iniciativas que promovam o bem-estar dos estudantes. A pressão enfrentada por jovens como Gabrielle e Gabriel evidencia a necessidade de um suporte emocional mais robusto. A união em torno de projetos que visem ajudar esses estudantes pode fazer a diferença em suas trajetórias, proporcionando um ambiente mais saudável e equilibrado.

Folha de São Paulo
Quero ajudar

Leia mais

Mais de 19 milhões de trabalhadores informais no Brasil não contribuem para a Previdência e ficam sem aposentadoria
Educação
Clock Icon
3
min
Mais de 19 milhões de trabalhadores informais no Brasil não contribuem para a Previdência e ficam sem aposentadoria
News Card

Estudo revela que 19,5 milhões de autônomos e informais no Brasil não contribuem para a Previdência, perdendo acesso à aposentadoria e benefícios do INSS. Especialistas alertam sobre a importância da contribuição e da documentação da união estável.

Distrito Federal registra aumento de 25% no Programa Saúde na Escola, beneficiando mais de 365 mil estudantes
Educação
Clock Icon
4
min
Distrito Federal registra aumento de 25% no Programa Saúde na Escola, beneficiando mais de 365 mil estudantes
News Card

O Distrito Federal registrou 632 colégios no Programa Saúde na Escola, beneficiando 365 mil alunos. Aumento de 25% em relação ao biênio anterior destaca a importância da saúde escolar. O Programa Saúde na Escola (PSE), uma parceria entre os ministérios da Educação e da Saúde, alcançou um número recorde de colégios inscritos no Distrito Federal, totalizando 632. Essa adesão, que representa um crescimento de 25% em comparação ao biênio anterior, beneficia mais de 365 mil estudantes. A iniciativa visa promover a saúde e facilitar o acesso a serviços essenciais, especialmente para alunos que enfrentam dificuldades em acessar unidades de saúde. Através de ações educativas, como campanhas de vacinação e palestras, o PSE busca integrar saúde e educação, impactando positivamente a comunidade escolar e suas famílias.

Jovem estudante vive dia como governadora e destaca importância do projeto Meninas em Ação
Educação
Clock Icon
3
min
Jovem estudante vive dia como governadora e destaca importância do projeto Meninas em Ação
News Card

Jovem do projeto Meninas em Ação vive dia como governadora com Celina Leão. A iniciativa visa empoderar alunas da rede pública do Distrito Federal, destacando talentos em idiomas.

Ministérios da Educação e Saúde implementam mudanças significativas na avaliação dos cursos de Medicina no Brasil
Educação
Clock Icon
4
min
Ministérios da Educação e Saúde implementam mudanças significativas na avaliação dos cursos de Medicina no Brasil
News Card

MEC e Ministério da Saúde anunciam mudanças na avaliação dos cursos de Medicina, com a criação do Enamed e novas Diretrizes Curriculares, visando melhorar a qualidade da formação médica no Brasil. A partir de 2025, o Enamed será aplicado anualmente, com foco na prática na atenção primária e supervisão rigorosa das instituições.

Meninas em Ação: alunas do ensino médio assumem cargos de liderança em instituições do DF
Educação
Clock Icon
3
min
Meninas em Ação: alunas do ensino médio assumem cargos de liderança em instituições do DF
News Card

Trinta alunas do ensino médio no Distrito Federal vão assumir cargos de liderança por um dia, promovendo empoderamento feminino e equidade de gênero. O projeto Meninas em Ação começa em 10 de outubro.

Unicamp avança na criação de novos cursos de graduação em inglês, fisioterapia, direito e história
Educação
Clock Icon
3
min
Unicamp avança na criação de novos cursos de graduação em inglês, fisioterapia, direito e história
News Card

A Unicamp propõe quatro novos cursos de graduação: língua inglesa, fisioterapia, direito e história, visando expandir sua oferta educacional. A universidade, com 69 cursos, é a que menos graduações oferece entre as estaduais de São Paulo.