Projeto Conexão Kayapó, da Comerc Energia, leva energia solar a 18 aldeias no sul do Pará, beneficiando 1,5 mil pessoas e fortalecendo a vigilância ambiental. A iniciativa visa melhorar a qualidade de vida e a produção artesanal da comunidade.

A etnia indígena Kayapó, localizada no sul do Pará, enfrenta há décadas a devastação da floresta amazônica, com desmatamento severo em suas terras. A falta de eletricidade tem prejudicado a produção artesanal e a qualidade de vida da comunidade. Contudo, um novo projeto, chamado Conexão Kayapó, gerido pela Comerc Energia, está mudando essa realidade ao levar energia solar a dezoito aldeias, beneficiando aproximadamente mil e quinhentas pessoas e melhorando a vigilância ambiental.
Desde o ano passado, a Comerc Energia, uma distribuidora de energias renováveis, implementa sistemas de energia solar e baterias em locais de difícil acesso. As melhorias incluem moradias, escolas, postos de saúde e bases de monitoramento ambiental, com um total de trinta e cinco sistemas que fornecem energia durante todo o dia. O impacto positivo é evidente, especialmente na vida das mulheres Kayapó, que são as principais responsáveis pela produção artesanal.
O fundador da Comerc, Cristopher Vlavianos, destaca que a fase-piloto do projeto, que contou com um investimento de R$ 2 milhões, foi essencial para entender as necessidades da comunidade. A falta de eletricidade limitava o trabalho artesanal, que antes era realizado à luz de velas, representando um risco de incêndio para a floresta. Com a nova fonte de energia, as artesãs agora podem trabalhar em horários mais flexíveis e seguros.
Clarissa Sadock, CEO da Comerc Energia, ressalta que o principal benefício da energia solar é o aumento do tempo disponível para outras atividades. Antes, as famílias precisavam gastar horas cortando lenha para iluminação. Agora, essa realidade mudou, permitindo que a comunidade se concentre em outras tarefas importantes. O projeto também fortalece a vigilância ambiental, essencial para proteger as terras indígenas contra o desmatamento.
As Terras Indígenas Baú e Menkragnoti enfrentaram um desmatamento de mil e quinhentos quilômetros quadrados em 2021, o que destaca a urgência de iniciativas como essa. Vlavianos observa que a percepção do desmatamento mudou, com a comunidade reconhecendo que caminhões e tratores são os principais responsáveis pela destruição da Amazônia. O acesso à energia e à internet é crucial para garantir a saúde da floresta e de seus habitantes.
O projeto Conexão Kayapó espera receber mais de R$ 14 milhões para expandir a energia solar em todas as aldeias atendidas pelo Instituto Kabu, que apoia grupos indígenas. A Comerc Energia busca transformar seu conhecimento em oportunidades de impacto social. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a proteção dos povos indígenas, garantindo um futuro melhor para todos.

Audiências públicas no Amapá discutem concessão de 607 mil hectares de áreas florestais, com potencial para gerar até 2 mil empregos diretos em cinco municípios. O projeto, em parceria com o BNDES, visa promover o uso sustentável e a preservação ambiental.

Sebastião Salgado, fotógrafo e ativista, faleceu recentemente, deixando um legado de luta social e ambiental, incluindo a criação do Instituto Terra, que restaurou áreas degradadas da Mata Atlântica.

Censo 2022 revela que 11,8 milhões de pessoas vivem em unidades de conservação no Brasil, com 40% enfrentando precariedades em serviços básicos. Kátia Torres, do ICMBio, destaca a urgência da regularização fundiária e acesso a serviços essenciais.

Estudo inédito resgata saberes curativos do povo Pataxó Hã-Hã-Hãi, catalogando 175 plantas medicinais e destacando o uso de espécies exóticas, promovendo a etnobotânica participativa. A pesquisa, liderada por Hemerson Dantas dos Santos, busca revitalizar conhecimentos ancestrais e atender às necessidades de saúde da comunidade.

O Ministério Público Federal (MPF) moveu ação para anular contrato de R$ 1 bilhão do governo do Pará com a coalizão Leaf, alegando falta de consulta às comunidades tradicionais e venda antecipada de créditos de carbono.

Dona Maria José participa do projeto Vale Luz há nove anos, trocando materiais recicláveis por descontos na conta de luz, contribuindo para a retirada de 805 toneladas de resíduos e gerando R$ 425 mil em economia.