Especialistas criticam o projeto de lei do licenciamento ambiental (2.159/2021) por fragilizar regras, permitir autolicenciamento sem estudos e limitar a Avaliação de Impacto Ambiental. Manifestações contra o PL ocorrem em São Paulo.
O projeto de lei do licenciamento ambiental (2.159/2021), que pode ser votado em breve na Câmara dos Deputados, é alvo de críticas por enfraquecer as regras atuais e trazer riscos adicionais à proteção ambiental. Especialistas, como os professores Luís Sánchez, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e Alberto Fonseca, da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto, assinam um parecer técnico que aponta falhas significativas no texto. Movimentos sociais também se mobilizaram contra o projeto, realizando manifestações em locais como a avenida Paulista.
Os pesquisadores afirmam que, apesar da longa tramitação de 21 anos e das discussões públicas sobre o tema, o PL representa uma "oportunidade desperdiçada de reforma ambiental". Eles destacam que o projeto não resolve a complexidade das regras existentes e permite que estados e municípios estabeleçam suas próprias normas, sem critérios nacionais mínimos. Isso pode resultar em uma fragmentação normativa que prejudica a governança pública e a proteção ambiental.
Outro ponto crítico é a proposta de autolicenciamento, onde empreendedores podem declarar a intenção de realizar atividades sem a necessidade de estudos ambientais adequados. Essa prática, chamada Licença por Adesão e Compromisso, é vista como uma forma de agilizar processos, mas carece de base empírica e critérios técnicos, aumentando o risco de aprovações de projetos potencialmente prejudiciais ao meio ambiente.
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) também é afetada, sendo tratada apenas como diretriz para projetos de grande porte, o que limita sua eficácia na análise de riscos. Além disso, a proposta não contempla a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), considerada essencial para um planejamento territorial eficaz. A participação pública nos processos de licenciamento é restringida, com a realização de apenas uma audiência pública e sem garantias de envolvimento nas fases iniciais.
Os especialistas concluem que o PL 2.159/2021 não apenas falha em resolver os problemas do licenciamento ambiental, mas também introduz novos riscos. O texto reflete as preocupações de setores com maior poder econômico e político, ignorando a base de conhecimento existente sobre licenciamento ambiental no Brasil. A aprovação do projeto, que já passou por alterações no Senado, está prevista para ocorrer antes do recesso parlamentar.
Em um cenário onde a proteção ambiental está em jogo, é fundamental que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a justiça ambiental. A mobilização e o apoio a projetos que visem a preservação do meio ambiente podem fazer a diferença e garantir que as vozes da comunidade sejam ouvidas nas decisões que afetam o futuro do nosso planeta.
A Sabesp firmou um consórcio com a Engie para desenvolver energia solar no Rio Grande do Norte, integrando cinco centrais fotovoltaicas com capacidade total de 250 MW. O projeto visa tornar o consumo energético da empresa mais sustentável.
A COP30 se aproxima, mas apenas 25 países apresentaram planos climáticos, representando 20% das emissões globais. O aquecimento já atinge 1,36°C, e a janela para limitar a 1,5°C está se fechando.
Fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CAR) revelam 139,6 milhões de hectares com sobreposição na Amazônia, enquanto o STF exige planos para cancelar registros irregulares e combater desmatamentos.
Investimentos em saneamento básico e gestão hídrica são anunciados no Amapá. O ministro Waldez Góes destaca a urgência da melhoria na infraestrutura e qualidade da água na região. O evento, promovido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), apresentou estudos e ações para enfrentar os desafios do saneamento no Amapá. O ministro enfatizou que a política sanitária é um dos maiores problemas ambientais da Amazônia. Um estudo sobre os benefícios econômicos da universalização do saneamento será realizado, com investimento de R$ 105 mil. Além disso, um curso sobre o Marco Legal do Saneamento começará em maio de 2025, visando capacitar gestores. A coleta simbólica de água no Rio Amazonas também marcou a importância da bacia hídrica para a população local.
Fafá de Belém critica a falta de representação amazônica na COP30 e a exploração de petróleo na região, defendendo a inclusão de vozes locais nas políticas ambientais. A artista destaca a riqueza cultural de Belém e a necessidade de um legado positivo da conferência.
Ibama capacita 49 profissionais em Ilhéus/BA para emergências ambientais, focando em derramamentos de óleo. A iniciativa visa fortalecer a resposta a crises ambientais no litoral nordestino.