O quilombo Águas do Miranda, em Bonito (MS), enfrenta crises severas devido a queimadas e secas, afetando a pesca e o turismo, essenciais para a sobrevivência de suas 35 famílias. As queimadas de 2024 devastaram 2,6 milhões de hectares no Pantanal, intensificando a escassez de peixes e a insegurança alimentar, forçando moradores a buscar trabalho fora da comunidade.
O quilombo Águas do Miranda, localizado em Bonito, Mato Grosso do Sul, abriga aproximadamente trinta e cinco famílias que dependem do rio Miranda para sua subsistência. A pesca artesanal e o turismo são fundamentais para a economia local, mas a comunidade enfrenta desafios severos devido a secas e queimadas. Ivanice Rosa, moradora há mais de 20 anos, afirma: "Hoje, se alguém disser que vive da pesca está mentindo. O peixe tá escasso, e o turismo também caiu muito."
As queimadas de 2024, que devastaram 2,6 milhões de hectares do Pantanal, intensificaram a crise. Os moradores, que já lutavam para se recuperar dos danos de 2020, agora enfrentam uma escassez ainda maior de peixes e insegurança alimentar. Eliane de Santos Ribeiro, dona de casa, relata que "é com o trabalho no rio que entra dinheiro, entra um alimento." A situação se torna crítica, pois as contas continuam a chegar, mesmo sem a renda proveniente da pesca.
A contaminação das águas, resultado do acúmulo de cinzas e matéria orgânica, compromete a saúde da comunidade. Zoraida Fernandez, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, explica que a diminuição do oxigênio na água leva à morte de peixes e aumenta o risco de doenças gastrointestinais. Isso agrava a insegurança alimentar e expõe a comunidade a riscos maiores.
Com a pesca em declínio, muitos moradores buscam alternativas de trabalho fora do quilombo. Evanir Rosa Cardoso, professora e membro da associação de moradores, destaca que a falta de empregos na região é uma preocupação constante. "Quando a gente está se recuperando, vem a outra seca, e é muito raro ter emprego aqui." A luta da comunidade é por oportunidades que mantenham suas tradições e evitem o esvaziamento da região.
Amarílio Modesto da Silva, líder comunitário, expressa sua preocupação com o futuro do quilombo. Ele ressalta a importância do rio para a renda local e a preservação das práticas culturais. "Aqui, antigamente, a gente vivia só de pesca." A união da comunidade é fundamental para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e pela degradação ambiental.
As dificuldades enfrentadas pelo quilombo Águas do Miranda revelam a necessidade de apoio e solidariedade. A mobilização da sociedade civil pode ser crucial para ajudar essas famílias a se reerguerem e preservarem seu modo de vida. Juntos, podemos contribuir para que a comunidade encontre alternativas sustentáveis e mantenha suas tradições vivas.
A Sabesp foi multada em R$ 22,7 milhões pela Arsesp devido ao despejo de esgoto no rio Pinheiros, agravado por falhas em sua estação elevatória. Obras de melhoria estão previstas até 2026.
A Justiça de Minas Gerais impôs medidas cautelares à Emicon Mineração, elevando o nível de emergência da barragem em Brumadinho e apreendendo passaportes dos sócios. A empresa enfrenta multas diárias e deve resolver pendências técnicas.
ONGs e líderes ambientais solicitaram ao governo brasileiro um pacto internacional que assegure US$ 7 bilhões anuais para a proteção da Amazônia, destacando a COP30 como uma oportunidade crucial. O documento entregue enfatiza a necessidade de mobilização de recursos para evitar a degradação irreversível da floresta, que já perdeu mais de 17% de sua área.
Uma pesquisa revelou a presença de enterobactérias resistentes, como a Citrobacter telavivensis, em ostras de São Paulo, evidenciando a necessidade urgente de monitoramento ambiental e revisão das normas de controle de qualidade. As ostras, consideradas seguras para consumo, podem abrigar superbactérias, refletindo a poluição e a contaminação por metais pesados.
A museômica está revolucionando a pesquisa científica ao permitir a extração de DNA de espécimes históricos, reclassificando espécies como as rãs-foguete da Mata Atlântica. O professor Taran Grant destaca que essa técnica revaloriza acervos de museus, essenciais para a conservação da biodiversidade.
Encontro em Bonn sobre a COP30 gerou reações divergentes; enquanto o governo brasileiro celebrou avanços, especialistas criticaram a falta de ambição em financiamento e transição energética.