São Paulo obteve avanços na alfabetização, mas ainda ficou abaixo da média nacional, com 48,25% das crianças alfabetizadas. O MEC divulgou os dados, revelando que a meta de 2024 não foi atingida.
Os resultados de alfabetização de crianças em São Paulo foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e mostram que a capital paulista ocupa a 17ª posição entre as capitais, com apenas 48,25% das crianças alfabetizadas. O Estado de São Paulo, por sua vez, alcançou 58,13%, ambos abaixo da média nacional de 59,2%. Apesar de terem melhorado em relação ao ano anterior, as metas estabelecidas não foram atingidas.
A Secretaria Municipal de Educação expressou satisfação com o desempenho, mas reconheceu a necessidade de avançar ainda mais. O secretário municipal de Educação, Fernando Padula, atribuiu a melhora a políticas de recuperação para professores e a utilização de materiais mais lúdicos. O Estado, que ficou em 13º lugar no ranking, também destacou avanços significativos, com um aumento de 6,22 pontos percentuais em comparação a 2023.
O MEC realiza a avaliação com alunos do 2º ano do ensino fundamental de escolas públicas, utilizando um conjunto de questões padronizadas. Para ser considerada alfabetizada, a criança deve atingir uma pontuação mínima de 743 pontos. Este ano, dois milhões de estudantes participaram das provas, que ocorreram em outubro e novembro de 2024.
As capitais que se destacaram positivamente foram Fortaleza, Vitória, Goiânia e Belo Horizonte, todas com índices em torno de 70% de crianças alfabetizadas. O Ceará foi o único Estado a ultrapassar 80% de alfabetização. O Brasil, no entanto, não conseguiu atingir a meta de 60% de crianças alfabetizadas em 2024, com um índice de 59,2% devido a dificuldades enfrentadas por alguns Estados, como o Rio Grande do Sul, que sofreu com enchentes.
O programa Alfabetiza Juntos SP, que recebeu um investimento de R$ 300 milhões, foi mencionado como uma das iniciativas que contribuíram para os avanços na alfabetização. O MEC, que não realiza avaliações próprias, utiliza dados de exames estaduais para compilar os resultados. A comparação entre os resultados de diferentes Estados é criticada por especialistas, que apontam que as variações nas provas podem afetar a precisão dos dados.
Esses resultados ressaltam a importância de iniciativas que visem melhorar a alfabetização infantil no Brasil. Projetos que busquem apoiar a educação e a alfabetização podem fazer uma diferença significativa na vida de muitas crianças. A união da sociedade civil é fundamental para promover mudanças e garantir que todas as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade.
O Projeto Passo, em Passo de Camaragibe, Alagoas, visa aprimorar a educação infantil em português e matemática, agora com apoio da iniciativa Bem Comum e engajamento local. Tablets e treinamentos prometem transformar o aprendizado.
Instituições de prestígio, como USP e Unicamp, oferecem cursos online gratuitos na Coursera. A iniciativa amplia o acesso à educação de qualidade, permitindo que qualquer pessoa aprenda sem custos.
O Governo federal publicou um decreto que determina que cinco cursos, como Direito e Medicina, devem ser presenciais, além de novas regras para EAD e semipresenciais. Instituições têm até dois anos para se adaptar.
A franquia Alfabetizei, fundada em 2022, já conta com 13 unidades e planeja chegar a 25 até o final do ano, com faturamento estimado em quase R$ 1 milhão, oferecendo um método acessível de alfabetização. As educadoras Ana Paula Silva e Anaxara Kazmierczak de Andrade, junto com o administrador Jerônimo Silva, desenvolveram uma metodologia inovadora que utiliza cores e toques para facilitar a aprendizagem, atendendo crianças e adultos com dificuldades.
Instituto Unidown promove curso de alfabetização para jovens com síndrome de Down, visando melhorar a empregabilidade. O curso, iniciado em março, utiliza o jornal Joca e dinâmicas práticas para desenvolver habilidades de leitura e escrita. Vinícius de Miranda, um dos alunos, destaca a evolução no aprendizado e a meta de conseguir um emprego. A iniciativa surge em resposta à baixa taxa de alfabetização entre jovens com a síndrome, onde apenas 8,7% estão totalmente alfabetizados. O curso inclui atividades como rodas de notícias e simulações de entrevistas, buscando preparar os alunos para o mercado de trabalho.
Falta de climatização nas escolas públicas de Praia Grande gera protestos e abaixo-assinados. Apenas 34% das salas de aula no Brasil têm ar-condicionado, afetando saúde e aprendizado.