A saúde mental no Brasil enfrenta desafios significativos, com um aumento de transtornos como ansiedade e depressão, especialmente entre jovens. A reforma psiquiátrica de 2001 e novas abordagens, como capacitação de professores e práticas indígenas, buscam melhorar o atendimento.
A saúde mental é uma questão alarmante, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimando que uma em cada oito pessoas enfrenta transtornos mentais, como ansiedade e depressão. Esses problemas se intensificaram após a pandemia de Covid-19, afetando especialmente crianças e adolescentes. Em 2021, a OMS relatou que a depressão representava 4,3% da carga global de doenças, resultando em perdas significativas de produtividade, estimadas em até US$ 1 trilhão anualmente.
No Brasil, a reforma psiquiátrica de 2001 foi um marco importante, proibindo internações em instituições asilares e promovendo cuidados em liberdade. Alessandra Almeida, presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), destaca que essa abordagem inclui práticas coletivas e o uso de tecnologias leves, além de integrar a arte e a participação familiar no tratamento. Atualmente, os centros de atenção psicossocial são os principais serviços públicos para atender a demanda de saúde mental no país.
Além disso, iniciativas em São Paulo capacitaram professores para identificar sinais de problemas de saúde mental entre os alunos, enquanto em Teutônia (RS) ações semelhantes foram implementadas. A atualização das normas sobre riscos ocupacionais também inclui questões psíquicas, refletindo um aumento de 134% nos afastamentos relacionados à saúde mental entre 2022 e 2024, segundo a ONU.
Em relação aos tratamentos, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo, afirma que os medicamentos e técnicas disponíveis no Brasil são de alta qualidade, mas ainda acessíveis apenas na rede privada. Entre as intervenções mencionadas estão a estimulação magnética transcraniana e a eletroconvulsoterapia (ECT), que é utilizada em casos graves de depressão e esquizofrenia, diferindo do antigo conceito de eletrochoque.
Práticas alternativas também têm ganhado espaço, como um projeto em Jordão (AC) que incorpora saberes tradicionais indígenas, incluindo ioga e meditações. A médica Marcela Thiemi destaca a importância de unir práticas ancestrais com abordagens contemporâneas para um tratamento mais holístico. Para o futuro, a psiquiatria pode se beneficiar de tecnologias como mapas cerebrais e inteligência artificial, que já estão sendo testadas em outros países.
Essas iniciativas demonstram a necessidade de um esforço conjunto para melhorar a saúde mental no Brasil. Projetos que promovem a saúde mental e o bem-estar da população devem ser apoiados pela sociedade civil, pois a união em torno dessas causas pode fazer uma diferença significativa na vida de muitos que enfrentam dificuldades.
O Museu da Justiça, no Centro do Rio de Janeiro, inicia em julho a revitalização com salas interativas da SuperUber, destacando códigos antigos e casos marcantes da Justiça brasileira. A nova exposição traz histórias de Luiz Gama e Inês Etienne Romeu, promovendo uma reflexão sobre a evolução da Justiça no Brasil.
A Aço Verde do Brasil (AVB) lançou o Instituto AVB, unificando ações sociais que já beneficiaram mais de 54 mil pessoas e formaram 1,5 mil jovens em parceria com Sesi e Senai. A iniciativa visa ampliar o impacto social nas comunidades do Maranhão e Piauí, promovendo educação, saúde, cultura, esporte e assistência social.
A Cidade Estrutural inicia, em 7 de julho, o projeto Vigília Cultural, que oferece oficinas gratuitas de crochê, com transporte e material inclusos, visando fomentar o empreendedorismo local. Serão seis turmas em três turnos, com aulas presenciais e conteúdo disponível no YouTube.
A icônica foto "Serra Pelada" de Sebastião Salgado foi selecionada pelo The New York Times como uma das 25 imagens que definiram a modernidade desde 1955, destacando a exploração no garimpo brasileiro. A imagem, que retrata milhares de trabalhadores em uma mina de ouro no Pará, chamou a atenção global para as condições de trabalho na década de oitenta. Salgado, que defende seu olhar sobre a realidade social, enfatiza que suas fotos refletem sua vivência no terceiro mundo.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) destacou a inclusão de gênero na gestão de desastres durante a 69ª sessão da Comissão sobre a Condição da Mulher da ONU. A participação do MIDR, que celebrou os 30 anos da Plataforma de Ação de Pequim, enfatizou diretrizes de gênero na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, como kits de assistência humanitária para mulheres afetadas por desastres. As líderes do MIDR ressaltaram a importância de dados com recorte de gênero e maior presença feminina nas funções de Defesa Civil.
Indústria brasileira vê mercado de carbono como oportunidade, com 44% dos empresários interessados em inovações e 66% buscando financiamento para ações sustentáveis, segundo pesquisa da CNI.