Secas recordes entre 2023 e 2025 causaram danos sem precedentes em diversas regiões, incluindo a Amazônia, afetando economias e ecossistemas globalmente, segundo relatório da UNCCD. O fenômeno El Niño e a mudança climática intensificaram os efeitos da seca, resultando em perdas significativas no comércio internacional e impactos severos na fauna e flora.
Entre 2023 e 2025, secas severas afetaram diversas regiões do mundo, causando prejuízos econômicos e sociais sem precedentes, conforme um relatório da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). O fenômeno natural El Niño, que aquece as águas do oceano Pacífico, combinado com a mudança climática, intensificou as secas, impactando a população global. A autora principal do relatório, Paula Guastello, destaca que "ninguém ficou imune aos efeitos da seca massiva".
O relatório, que se baseou em estudos científicos e pesquisas, foi apresentado durante um evento da Aliança Internacional para a Resiliência à Seca, do qual o Brasil é signatário. Daniel Tsegai, especialista em secas da UNCCD, enfatiza a necessidade de tratar a seca como um risco sistêmico, com impactos mais abrangentes do que se imaginava. A Amazônia foi uma das áreas mais afetadas, com a parte brasileira do bioma perdendo 3,3 milhões de hectares de água superficial em 2023.
O desmatamento na Amazônia contribuiu para a intensificação da seca, reduzindo a fotossíntese e liberando carbono na atmosfera. Além disso, a queda no nível dos rios amazônicos prejudicou comunidades que dependem de barcos para locomoção. O debate sobre o asfaltamento de estradas na região, como a BR-319, levanta preocupações sobre os impactos ambientais e o aumento do desmatamento.
Os efeitos da seca também foram sentidos no canal do Panamá, onde a redução das chuvas limitou o peso das cargas em até 40%, resultando em perdas de US$ 100 milhões mensais entre outubro de 2023 e janeiro de 2024. No México, sessenta e sete por cento do território enfrentou seca em setembro de 2023, enquanto na África, a Etiópia, Somália e Quênia vivenciaram a maior seca em setenta anos.
O Marrocos investiu cerca de € 15 milhões em semeadura de nuvens para aumentar a precipitação, embora haja receios sobre os impactos na fauna aquática. Na Espanha, a seca e ondas de calor resultaram em uma queda de cinquenta por cento na safra de azeitonas, elevando o preço do azeite e aumentando os registros de roubo do produto. A colheita de uvas para vinho em Valência foi a menor em trinta anos.
O relatório da UNCCD recomenda medidas para aumentar a resiliência dos países, como o gerenciamento sustentável da água e o engajamento das comunidades locais. É urgente que governos e agricultores adotem práticas que reduzam a demanda hídrica na agricultura. Em tempos de crise, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que ajudem as comunidades afetadas e promovam a sustentabilidade ambiental.
Nasceu o primeiro tamanduá-bandeira em cativeiro no Rio Grande do Sul, no Gramadozoo, em 14 de junho. O filhote, com 1,5 quilo, é um marco para a conservação da espécie, que enfrenta sérios riscos de extinção.
Estudo da Embrapa revela que o trigo brasileiro tem pegada de carbono inferior à média global, destacando práticas sustentáveis que reduzem impactos ambientais na produção agrícola. Essa conquista demonstra a capacidade do Brasil em aliar produtividade e responsabilidade ambiental.
Estudo revela que em 2024, quatro bilhões de pessoas enfrentaram um mês extra de calor extremo, evidenciando os impactos das mudanças climáticas e a urgência de eliminar combustíveis fósseis.
MP-SP investiga a Sabesp por poluição nas represas Billings e Guarapiranga, após denúncias de contaminação química e falta de manutenção no esgoto. Moradores reclamam da qualidade da água.
O fórum “COP30 – O que o Brasil deve entregar ao mundo em Belém” reunirá especialistas em São Paulo para discutir sustentabilidade e desafios climáticos, com foco na Conferência das Nações Unidas de 2025. O evento, promovido por VEJA e VEJA NEGÓCIOS, contará com a presença do governador do Pará, Helder Barbalho, e abordará temas como agronegócio, preservação de florestas, transição energética e financiamento da economia verde.
Encontro em Bonn sobre a COP30 gerou reações divergentes; enquanto o governo brasileiro celebrou avanços, especialistas criticaram a falta de ambição em financiamento e transição energética.