Ministros do STF decidirão se o INSS deve pagar benefícios a mulheres afastadas do trabalho por violência doméstica, com impacto nas políticas de proteção. O julgamento pode redefinir a natureza do benefício e sua competência judicial.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) irão deliberar sobre a responsabilidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em fornecer benefícios a mulheres que são vítimas de violência e que necessitam se afastar do trabalho. O julgamento do recurso extraordinário 1.520.468 está agendado para o plenário virtual da corte nesta sexta-feira, 6 de junho, e se estenderá até o dia 13 de junho. A decisão terá repercussão geral, o que significa que afetará todos os casos semelhantes no Brasil.
A Lei Maria da Penha prevê que mulheres vítimas de violência podem se afastar do trabalho por até seis meses sem perder a remuneração. Contudo, a legislação previdenciária não possui diretrizes específicas para essa situação. O relator do caso, ministro Flávio Dino, destacou que a decisão irá influenciar a forma como o Estado implementa políticas públicas de proteção às mulheres em situação de violência.
Os ministros também precisarão definir se a Justiça estadual é competente para determinar o pagamento do benefício pelo INSS. Em um caso anterior, a Justiça estadual do Paraná decidiu que uma vítima deveria receber o benefício, mas o INSS recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que manteve a decisão. O debate gira em torno da natureza jurídica do benefício, se será considerado previdenciário ou assistencial.
O INSS argumenta que o pagamento de benefícios é restrito a situações de incapacidade temporária devido a doenças ou lesões. No entanto, a advogada Jane Berwanger, do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), enfatiza que o afastamento sem garantia de renda pode aumentar a vulnerabilidade financeira das mulheres. Ela defende que a Seguridade Social deve oferecer a cobertura adequada para essas situações.
O advogado previdenciário Rômulo Saraiva ressalta que a legislação atual não aborda claramente a questão do afastamento por violência doméstica. Ele acredita que o Congresso Nacional deve adaptar a legislação para atender a essa demanda. A falta de clareza na lei previdenciária pode dificultar o acesso das vítimas a benefícios que garantam sua segurança e dignidade.
Essa discussão é crucial para a proteção das mulheres vítimas de violência, que frequentemente enfrentam consequências psicológicas severas, como depressão e estresse pós-traumático. A sociedade civil pode desempenhar um papel vital em apoiar iniciativas que garantam a segurança e o bem-estar dessas mulheres, promovendo projetos que ajudem a mitigar os impactos da violência e a garantir a proteção necessária.

O Ministério das Cidades atualizou os limites de renda do programa Minha Casa, Minha Vida e introduziu uma nova linha de financiamento para a classe média. Agora, famílias com renda mensal de até R$ 12 mil podem financiar imóveis de até R$ 500 mil, com juros de 10% ao ano. As faixas de renda 1, 2 e 3 também tiveram seus limites ajustados, visando beneficiar cerca de 100 mil famílias com taxas menores.

A prévia do São Paulo Beyond Business (SP2B) ocorrerá neste domingo, 17, com Yuval Noah Harari e Gilberto Gil, destacando o selo Made in Sampa e um prêmio para empreendedores brasileiros. O evento visa reposicionar São Paulo como um centro de inovação e criatividade, além de negócios.

Conceição Evaristo, linguista e escritora, destacou na Flip a escrita como espaço de libertação para mulheres negras, incentivando novas vozes literárias. Sua fala enfatiza a importância da produção textual como afirmação do corpo feminino em uma sociedade que o marginaliza.

Brasília celebra 65 anos com ações da Secretaria de Justiça e Cidadania, promovendo inclusão e bem-estar em diversas áreas, como saúde, educação e segurança. A Sejus-DF realiza campanhas sobre drogas, eventos para idosos, combate ao trabalho infantil e violência sexual, além de educação antirracista e segurança para mulheres.

Agricultores do Rio Grande do Sul ainda enfrentam os efeitos devastadores da enchente de maio de 2024, lidando com endividamento e traumas, enquanto buscam estratégias para se adaptar a extremos climáticos. Um ano após a tragédia, a recuperação é lenta e marcada por dificuldades financeiras e emocionais. A alternância entre enchentes e estiagens continua a ameaçar a produção agrícola, exigindo apoio urgente e novas abordagens.

O Ministério Público de São Paulo investiga agressões a pessoas em situação de rua em Ribeirão Preto, após a OAB divulgar vídeos de violência entre fevereiro e outubro de 2024. A impunidade dos agressores é alarmante.