A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu, por unanimidade, o direito de uma pessoa ser identificada como gênero neutro em seu registro civil, uma decisão inédita. A relatora, ministra Nancy Andrighi, destacou a importância da autoidentificação e da dignidade das pessoas não-binárias, enfatizando que a Justiça deve garantir respeito e proteção a todos, independentemente de sua identidade de gênero.
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, que uma pessoa pode ser identificada como gênero neutro em seu registro civil. A decisão, tomada no dia sete de maio de dois mil e vinte e cinco, é considerada inédita. Os ministros analisaram o caso de uma pessoa que, após realizar cirurgias e tratamento hormonal, não se identificou nem como homem nem como mulher, reivindicando a identidade de gênero neutra.
A relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, destacou a complexidade da situação, afirmando que a pessoa havia passado por procedimentos para alterar seu gênero, mas não se sentiu confortável com a mudança. "Esse ser humano deve estar sofrendo muito porque você sofrer cirurgia, tomar hormônios, converter-se naquilo que ela imaginava que seria bom para ela e depois ela se deu conta que não era também aquilo", disse a ministra.
Os ministros concordaram que, mesmo na ausência de uma legislação específica, a Justiça deve reconhecer o direito à autoidentificação das pessoas não-binárias. A decisão visa garantir que todos que se identificam com gêneros não-binários tenham seus direitos respeitados, evitando estigmatização e marginalização.
O colegiado enfatizou que o reconhecimento da identidade de gênero é fundamental para a dignidade das pessoas, e que a proteção legal deve ser estendida a todos, independentemente de serem transgêneros binários ou não-binários. "É o famoso direito à felicidade já chancelado pelo Supremo Tribunal Federal (STF)", afirmou a ministra Daniela Teixeira.
A decisão do STJ representa um avanço significativo na luta pelos direitos das pessoas não-binárias no Brasil, refletindo uma mudança de paradigma em relação à identidade de gênero. A Justiça, ao acolher essa demanda, abre espaço para um debate mais amplo sobre a inclusão e os direitos civis de todas as identidades de gênero.
Em um momento em que a sociedade busca maior respeito e dignidade para todos, iniciativas que promovam a inclusão e o apoio a pessoas que enfrentam desafios relacionados à sua identidade de gênero são essenciais. A união em torno dessas causas pode fazer a diferença na vida de muitos que ainda lutam por reconhecimento e aceitação.
A exposição "Frans Krajcberg - Reencontrar a Árvore" no Masp, a partir de 16 de maio, destaca a conexão do artista com a natureza e suas críticas à devastação ambiental. A mostra apresenta obras icônicas que refletem a relação entre arte e meio ambiente.
A Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) lançará a nova linha de Microcrédito Produtivo Orientado em Campo Grande (MS) nos dias 2 e 3 de junho, durante a Caravana da Sudeco. O evento, que visa orientar pequenos empreendedores sobre acesso a crédito, contará com a presença do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e terá apoio do SEBRAE e instituições financeiras. A iniciativa busca promover inclusão produtiva e desenvolvimento regional, com expectativa de se tornar um serviço permanente na região.
O Sebrae Rio Summit 2025, com foco no empreendedorismo feminino, reuniu mais de 4 mil participantes e destacou a Caravana Sebrae Delas, que já alocou R$ 600 milhões em crédito para mulheres empreendedoras.
Foi iniciado o Agosto Lilás com o ato simbólico das obras da Casa da Mulher Brasileira no Rio, que contará com R$ 28,5 milhões para oferecer serviços essenciais de proteção às mulheres em situação de violência.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional promoveu um workshop para captar US$ 1,833 bilhão com organismos multilaterais entre 2025 e 2030, visando o desenvolvimento das regiões brasileiras. O evento reuniu bancos e instituições internacionais para alinhar estratégias e compartilhar boas práticas em projetos de infraestrutura sustentável.
O Programa Mais Médicos alcançou um recorde de 45.792 inscrições, com 93% de médicos brasileiros. A próxima fase prioriza profissionais registrados no Brasil para atuar em áreas vulneráveis.