A Companhia Mungunzá, importante grupo de teatro em São Paulo, recebeu notificação da Prefeitura para desocupar o Teatro de Contêiner até 9 de junho, visando um novo programa habitacional, gerando críticas sobre gentrificação.
A Prefeitura de São Paulo notificou a Companhia Mungunzá, um dos principais grupos de teatro da cidade, para desocupar o Teatro de Contêiner, localizado na região da Luz, até o dia 9 de junho. A decisão gerou críticas de integrantes da companhia, que afirmam que essa ação é um passo em direção à elitização da área, especialmente após a transferência da sede do governo estadual para a região.
O ator Leonardo Akio, membro da companhia, destacou que o teatro tem um papel importante como espaço de articulação política e de convergência, especialmente em uma área que já foi marcada pelo uso de drogas. Ele acredita que o envolvimento da companhia com a população local pode ter influenciado a decisão da prefeitura. Akio também mencionou que o processo de gentrificação na Luz se intensificou com a chegada do Palácio dos Bandeirantes, resultando no fechamento de pequenos comércios e agora na saída do teatro.
A notificação extrajudicial, enviada em 26 de maio, afirma que o espaço será utilizado para um novo programa habitacional municipal, que visa atender famílias cadastradas em serviços sociais. A prefeitura considera o local estratégico para a implementação desse projeto, que faz parte de um esforço mais amplo de recuperação da região central da cidade.
A Companhia Mungunzá tem tentado negociar sua permanência no local desde o ano passado. Akio relatou que houve conversas com a Secretaria Executiva de Projetos Estratégicos, mas as propostas de realocação não foram concretizadas. Ele enfatizou que a companhia deseja permanecer na região, pois seu trabalho está intimamente ligado ao território.
Embora a prefeitura tenha convocado uma reunião para discutir a situação, nenhum representante do teatro compareceu. A administração municipal não forneceu detalhes sobre o projeto habitacional, mas reafirmou que a área será destinada ao atendimento de moradores da região. Além disso, a Guarda Civil Metropolitana demonstrou interesse em utilizar o espaço como base para suas operações.
O Teatro de Contêiner, que foi inaugurado há nove anos com recursos próprios, tem se destacado por suas ações sociais e culturais, incluindo oficinas e apresentações para a comunidade. Em um momento em que a cultura e a arte enfrentam desafios, é essencial que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que promovam a inclusão e a diversidade. A mobilização em torno de projetos culturais pode fazer a diferença na preservação de espaços como o Teatro de Contêiner.
O programa “Reconhecer, Reparar, Religar para Seguir” busca fortalecer laços entre Brasil e Angola, culminando na viagem simbólica “A Grande Travessia” em 2025, focando em memória e reparação histórica. A iniciativa, liderada por pesquisadores da UNESP, visa resgatar relações culturais e promover justiça reparatória após séculos de escravização.
Cresce o microtrabalho no Brasil, com mulheres representando 63% dos trabalhadores. Flávia e Juliana enfrentam jornadas exaustivas e precariedade, sem regulamentação, perpetuando desigualdades.
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Setenta por cento das trabalhadoras domésticas no Brasil relatam cansaço crônico, evidenciando a sobrecarga e a falta de direitos. Estudo revela que a maioria não tem vínculo formal e enfrenta desigualdade salarial.
Edejan Heise de Paula, docente da Escola de Saúde Pública do Distrito Federal, foi premiado por sua pesquisa sobre a testagem RT-PCR na rede pública de saúde, destacando a eficiência do Lacen-DF na detecção de vírus respiratórios. O estudo comparou custos e eficácia entre a rede pública e privada, revelando uma economia significativa e a capacidade de identificar múltiplos vírus a um custo médio de R$ 81,14. O Lacen-DF se destaca como um pilar essencial para o diagnóstico rápido e preciso, contribuindo para a saúde pública e manejo clínico.
Servidor da Prefeitura de Taubaté, Nilton Francisco Pereira dos Santos Silva, denuncia discriminação e assédio moral que resultaram em sua aposentadoria compulsória por invalidez psiquiátrica após uma avaliação médica de apenas seis minutos. Ele busca reverter a decisão na Justiça, enfrentando dificuldades financeiras e falta de apoio institucional.