Após a repercussão do uso de sensores de glicose por crianças, um Projeto de Lei no Senado busca garantir a oferta gratuita desses dispositivos no SUS, visando reduzir desigualdades de acesso. A proposta pode transformar o tratamento da diabetes tipo 1 no Brasil.
Após a repercussão do uso de um sensor de glicose por uma criança, surgiram dúvidas sobre a tecnologia e sua disponibilidade no Brasil. O pai da criança trouxe o aparelho dos Estados Unidos, mas o Brasil já possui equipamentos para monitorar a glicemia, inclusive para crianças. Os sensores, que custam entre R$ 250,00 e R$ 330,00 e têm duração de 14 a 15 dias, são considerados caros, exigindo que os usuários adquiram pelo menos dois por mês, conforme Joana Dantas, diretora do Departamento de Dislipidemia e Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
A diabetes tipo 1, que é mais comum na infância, geralmente se manifesta a partir dos cinco anos. A doença apresenta sintomas agudos, como perda de peso e desidratação, conforme explica Andressa Heimbecher, endocrinologista da SBEM-SP. Os medidores contínuos de glicemia (CGMs) permitem monitorar os níveis de glicose de forma contínua, sem a necessidade de picadas nos dedos. O sensor é inserido sob a pele e fornece leituras frequentes, ajudando a identificar oscilações perigosas nos níveis de glicose.
O modelo mais utilizado no Brasil é o FreeStyle Libre, que não exige calibração diária e fornece gráficos das últimas oito horas. Desde 2017, o Brasil conta com sensores de monitoramento contínuo registrados na Anvisa. O FreeStyle Libre é aprovado para uso a partir dos quatro anos, enquanto o Enlite Medtronic é autorizado para crianças a partir dos dois anos. Outros modelos internacionais, como Dexcom e Eversense, não estão disponíveis no país.
Estudos demonstram que todos os pacientes com diabetes tipo 1 devem monitorar a glicose, sendo que o uso de sensores oferece uma visão mais abrangente do controle glicêmico. No Brasil, a indicação é mais comum para pacientes com hipoglicemia assintomática e noturna. O acesso a CGMs pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é limitado, geralmente restrito a processos judiciais ou programas locais de saúde.
Entretanto, essa situação pode mudar. O Projeto de Lei nº 3526/2024, atualmente em análise no Senado, propõe garantir a oferta gratuita de medidores contínuos de glicose no SUS para pacientes com prescrição médica. O projeto visa corrigir desigualdades de acesso, já que esses dispositivos são caros e muitas vezes inacessíveis para a população. A proposta também argumenta que o uso dos CGMs pode reduzir custos com complicações e internações a longo prazo.
O diagnóstico de diabetes tipo 1 em crianças pode ser grave, levando a complicações sérias. A maioria dos novos casos ocorre na infância e adolescência, mas há um aumento de diagnósticos em adultos. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que garantam acesso a tecnologias de monitoramento de saúde, beneficiando aqueles que mais precisam e promovendo uma melhor qualidade de vida.
Caminhar sete mil passos diários reduz riscos de morte precoce e doenças graves, segundo pesquisa com 160 mil pessoas publicada no "Lancet Public Health". A meta de dez mil passos, originada de marketing, pode ser substituída por essa nova recomendação mais acessível.
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A Secretaria Municipal de Saúde do Rio ampliará a vacinação contra gripe e sarampo com novos pontos extras neste fim de semana. A ação visa aumentar a cobertura vacinal em áreas de grande movimento. Além dos postos extras, as vacinas continuam disponíveis nas 240 unidades de Atenção Primária e no Super Centro Carioca de Vacinação. As unidades de Botafogo e Campo Grande também seguem aplicando as doses. A população pode buscar orientação nas unidades de saúde.
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