Documentários de natureza utilizam tecnologia avançada, como drones e câmeras de alta velocidade, para capturar comportamentos animais e evidenciar os impactos do aquecimento global. Produções como "The Americas" e "Segredos dos Pinguins" revelam a urgência da conservação.
Documentários de natureza têm se transformado com o uso de tecnologias avançadas, como drones e câmeras de alta velocidade, que permitem registrar comportamentos animais antes invisíveis. Produções recentes, como "The Americas" e "Segredos dos Pinguins", utilizam essas inovações para mostrar interações entre espécies e os efeitos do aquecimento global, destacando a urgência da conservação ambiental.
Um exemplo marcante é a câmera instalada nas costas de uma baleia cachalote, que capturou, pela primeira vez, o momento em que o animal captura uma lula. Além disso, drones com lentes de longo alcance acompanharam um filhote de pinguim em uma queda arriscada de um bloco de gelo. Esses avanços tecnológicos têm proporcionado uma nova perspectiva sobre a vida selvagem, revelando comportamentos que antes eram desconhecidos.
Mike Gunton, produtor-executivo de "The Americas", afirmou que "há vinte sequências que seriam impossíveis de filmar cinco anos atrás". A série, que levou cinco anos para ser concluída, contou com mais de 180 expedições e o uso de sensores de presença e câmeras de alta velocidade. Uma microcâmera projetada para suportar a pressão do oceano e um equipamento que se desprende automaticamente do corpo da baleia foram algumas das inovações que possibilitaram essas filmagens.
Em "Segredos dos Pinguins", coproduzida pela BBC e National Geographic, cinegrafistas utilizaram drones silenciosos e lentes potentes para registrar comportamentos sociais e interações entre pinguins. Bertie Gregory, diretor de fotografia da série, destacou que "as novas tecnologias autorizam aproximação e intimidade inéditas". A colaboração com biólogos foi essencial para identificar movimentos e planejar as filmagens.
Outras produções, como "All Too Clear", que investiga os efeitos de espécies invasoras nos Grandes Lagos, também se beneficiaram de câmeras subaquáticas de última geração. As imagens revelaram a degradação ambiental causada por mexilhões-zebra e até um navio naufragado há 128 anos. Já "Airborne", sobre animais voadores, utilizou câmeras que gravam mil quadros por segundo, mostrando detalhes de disputas entre beija-flores e o balé aéreo de insetos.
Esses documentários não apenas encantam o público, mas também desempenham um papel político ao retratar a evolução das espécies e os riscos ambientais. Pablo Borboroglu, pesquisador e coprodutor da série dos pinguins, enfatizou que o aquecimento global está alterando o ritmo da natureza. Ao mostrar a dura realidade da vida selvagem, esses projetos destacam a necessidade urgente de proteção. A união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a conservação e a proteção das espécies ameaçadas.
O Programa Amazônia Azul, apresentado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, busca promover o desenvolvimento sustentável na fronteira marítima do Brasil. O lançamento está previsto para outubro.
Desmatamento na Amazônia aumentou 55% em abril de 2025, com 270 km² devastados. O governo Lula discute ações para reverter a situação, que é considerada sob controle, apesar do alerta.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê que os próximos cinco anos podem superar 2024 como o mais quente da história, com 80% de chance de ultrapassar 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. O relatório destaca a urgência de ações climáticas, especialmente com a COP30 se aproximando.
A negação dos riscos das mudanças climáticas entre brasileiros aumentou de 5% para 9% entre junho de 2024 e abril de 2025, segundo pesquisa do Datafolha. Apesar disso, 53% ainda percebem riscos imediatos, refletindo uma preocupação crescente com a crise climática.
Cidades da Amazônia têm as piores taxas de arborização urbana do Brasil, segundo o Censo 2022 do IBGE. Enquanto estados do agronegócio, como Mato Grosso do Sul, se destacam positivamente, a pesquisa revela que apenas 10,7% do Acre e 13,7% do Amazonas vivem em ruas com mais de cinco árvores.
A foto de uma anta resgatada após incêndio no Pantanal, intitulada “Depois das chamas, esperança”, conquistou o Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 na categoria “Agentes de mudança, portadores de esperança”. O animal, apelidado de Valente, foi gravemente ferido e resgatado por uma equipe do projeto Onçafari. O prêmio, criado pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco, visa promover a conscientização ambiental.