Cerca de 27 meninos e homens são vítimas de estupro diariamente no Brasil, mas a subnotificação é alarmante devido à cultura que minimiza essa violência. Especialistas destacam a urgência de discutir e prevenir esses abusos.

Dados recentes revelam que, em média, 27 meninos e homens são vítimas de estupro diariamente no Brasil, representando 11,8% dos casos de violência sexual notificados. Essa realidade é frequentemente subnotificada, em parte devido à cultura que minimiza a experiência masculina como vítima. Especialistas apontam que a maioria das vítimas masculinas tem entre 3 e 13 anos, e 65,1% das violências ocorrem dentro de casa, geralmente cometidas por familiares ou conhecidos.
Relatos de vítimas como André e Jorge mostram a complexidade da situação. André, que sofreu abuso sexual na infância, destaca a dificuldade de reconhecer a violência, especialmente quando o agressor é uma mulher. Jorge, por sua vez, relata experiências de assédio que não foram inicialmente identificadas como violência. Ambos expressam sentimentos de vergonha e confusão, o que contribui para a subnotificação desses casos.
O psicólogo Denis Gonçalves Ferreira explica que a criação de meninos para serem "fortes" dificulta a denúncia de abusos. A resposta fisiológica durante a agressão, como a ereção, pode levar a confusões sobre a natureza do ato. Além disso, a pressão social para que os homens sejam viris e sempre prontos para o sexo reforça o silêncio em torno dessas experiências.
O ambiente esportivo também é um espaço de risco. Silas, ex-jogador de futebol, relata que, desde a infância, ouvia rumores sobre treinadores que aliciavam jogadores. Ele teve uma experiência em que evitou um convite suspeito, mas reconhece que muitos não têm a mesma sorte. A legislação recente busca prevenir abusos no esporte, exigindo protocolos de proteção, mas a eficácia depende da implementação e da responsabilização de quem silencia diante de indícios de abuso.
A mídia e as redes sociais têm desempenhado um papel importante na conscientização sobre a violência sexual contra homens. Histórias de figuras públicas, como o humorista Marcelo Adnet, que revelou ter sido vítima de abuso na infância, ajudam a desmistificar o tema. A série "Bebê Rena" também contribui para o debate, abordando a experiência de um homem que sofreu abuso e a dificuldade de denunciar uma agressora mulher.
É fundamental que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que promovam a conscientização e a proteção de vítimas de violência sexual. Projetos que visam ajudar homens a reconhecer e lidar com suas experiências podem transformar essa realidade e oferecer suporte necessário para a recuperação e prevenção de novos casos.

A Prefeitura de São Paulo, em seis meses de gestão, realizou 109 entregas com R$ 3,9 bilhões em investimentos, abrangendo saúde, educação, mobilidade e meio ambiente. Destacam-se novas unidades de saúde, parques e iniciativas de transporte sustentável.

Coletivos como Linhas da Resistência e Aquarelas Botânicas no Distrito Federal promovem encontros que fortalecem laços sociais e criam espaços de convivência após a pandemia. A interação social é essencial para o bem-estar humano.

A Neoenergia lançou o edital "Transformando a Energia em Cultura" para financiar projetos socioculturais em comunidades vulneráveis de seis estados brasileiros, promovendo inclusão e diversidade. A iniciativa visa fortalecer a economia criativa e valorizar a arte local, garantindo trabalho e renda para crianças, jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade. Organizações sem fins lucrativos podem se inscrever para captar recursos por meio de leis de incentivo à cultura.

Começa neste sábado (5) a 55ª edição do Festival de Inverno de Campos do Jordão, com 75 concertos gratuitos e novidades como a Jornada Paulista de Dança e o Prêmio Anna Laura de Música Antiga. O evento reafirma a cultura viva e acessível no Estado de São Paulo.

Maio Roxo é o mês de conscientização sobre doenças inflamatórias intestinais (DII) e autoimunes, como Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa, que afetam milhões. A campanha, apoiada por entidades de saúde, visa aumentar a visibilidade e promover o diagnóstico precoce.

Preta Gil, artista e ativista, faleceu em 20 de outubro de 2023, e seu velório ocorre em 25 de outubro, Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, simbolizando sua luta e legado. Flávia Ribeiro destaca a importância dessa coincidência, ressaltando que Preta Gil usou sua influência para promover debates e defender causas sociais. O dia, instituído pela ONU em 1992, homenageia a resistência das mulheres negras, com eventos como a Marcha das Mulheres Negras, que Flávia organiza em Belém do Pará.